quarta-feira, 2 de março de 2011

VIVEMOS COMO UM POVO SOB A LEI OU UMA IGREJA SOB A GRAÇA?

VIVEMOS COMO UM POVO SOB A LEI OU UMA IGREJA SOB A GRAÇA?



A seguir uma carta que poderia ser uma referência atual do testemunho da "Igreja" em nossos dias. Digo poderia porque a nossa realidade hoje é bem diferente à daqueles dias em que a Igreja de Cristo foi estabelecida, leia voce mesmo tire suas próprias conclusões.


Aristides de Atenas (†130 D.C.) apolista cristão, em defesa deles, escreveu assim ao imperador romano Adriano (Apologia).


“Os cristãos ó rei, vagando e buscando, acharam a verdade conforme pudemos achar em seus livros, estão mais próximos que os outros povos da verdade e do conhecimento certo, pois crêem no Deus criador do céu e da terra, naquele em quem tudo é e de quem tudo procede, que não tem outro Deus por companheiro e do qual eles mesmos receberam os preceitos que guardam no coração, com a esperança e expectativa do século futuro. Por isso, não cometem adultério, não praticam a fornicação, não levantam falso testemunho, não recusam devolver um depósito, não se apropriam do que não lhes pertence. Honram pai e mãe, fazem bem ao próximo e, quando em juízo, julgam com equidade. Não adoram os ídolos semelhantes aos homens. O que não desejam lhes façam os outros não o fazem também; não comem alimentos de sacrifícios idolátricos, pois são puros. Exortam os que os afligem, a fim de fazê-los amigos. Suas mulheres, ó rei, são puras como virgens, suas filhas são modestas. Seus homens se abstém de toda união ilegítima e da impureza, esperando a retribuição que terão no outro mundo. Aos escravos e escravas, bem como a seus filhos – se os têm – persuadem a tornar-se cristãos, em razão do amor que lhes dedicam, e quando se tornam, chamam-nos indistintamente irmãos. Não adoram a deuses estranhos e vivem com humildade e mansidão, sem qualquer mentira entre eles. Amam-se uns aos outros, não desprezam as viúvas. Protegem o órfão dos que os tratam com violência. Possuindo bens, dão sem inveja aos que nada possuem. Avistando o forasteiro, introduzem-no na própria casa e se alegram por ele, como se fora verdadeiro irmão: pois se dão o apelativo de irmãos, não segundo o corpo, mas segundo o espírito e em Deus. Se algum pobre passa deste mundo, alguém sabendo, encarrega-se – na medida de suas forças – de dar-lhe sepultura. Se conhecem um encarcerado ou oprimido por causa do nome do seu Cristo, ficam solícitos a seu respeito e se possível libertam-no. Quando um pobre ou necessitado surge entre eles e não possuem abundância de recursos para ajudá-lo, jejuam dois ou três dias para obter o necessário para o seu sustento. Guardam com diligência os preceitos do seu Cristo, vivem reta e modestamente – conforme lhes ordenou o Senhor Deus. Todas as manhãs e horas louvam e glorificam a Deus pelos benefícios recebidos, dando graças por seu alimento e bebida. Mesmo se acontece que um justo – entre eles – passa deste mundo, alegram-se e dão graças a Deus, ao acompanharem o cadáver, como se emigrasse de um lugar para outro. E assim como quando nasce um filho louvam a Deus, também se ele morre na infância glorificam a Deus, por quem atravessou o mundo sem pecados. Mas vendo alguém morrer na malícia e nos pecados, choram amargamente e gemem por ele, supondo o ir ao castigo. Tal é, ó rei, a constituição da lei dos cristãos e tal a sua conduta”


O que nos resta agora é refletir, se nos parecemos mais com os que estão sob a Graça ou sob a lei?


Ao contrário do que parece, viver pela Graça não significa que estamos livre de responsabilidade, de forma alguma, eu diria até que num certo sentido a graça é muito mais rígida do que a lei.


Por exemplo:




  • Ao desobedecermos a lei no tempo da lei, poderíamos até ser mortos,




  • já no tempo da graça, ao obedecermos a graça nós é que temos que morrer por nós mesmos.




  • Na lei a punição pelo pecado da prostituição ocorria quando de fato o ato era praticado.




  • Na graça se tão somente o homem olhar para uma mulher com segundas intenções ele já adulterou com ela.




  • Na lei era olho por olho, dente por dente.




  • Na graça se alguém nos bater na face direita devemos oferecer também a esquerda.




  • Na lei vencia-se os inimigos em batalhas.




  • Na graça batalha-se para amar os inimigos.




  • A lei é somente ordenança




  • Enquanto que a graça é amor, perdão e justiça.




  • A lei nos impõe a obediência,




  • A graça nos constrange à justiça.




Estes poucos exemplos são suficientes para percebermos que a maioria dos defensores da graça não vivem integralmente sob ela, pois quando de fato entendemos a graça, cumprir a lei passa ser a nossa menor dificuldade, pois ela trata daquilo que nos convém (Homem).


Enquanto que a Graça nos condiciona a vivermos debaixo da conveniência de Deus sempre.


Pense nisto antes de sair por aí a praticar um cristianismo, que a bíblia chama de "outro evangelho", porque como diz o nosso irmão Pablo Massolar, este envenenangélho que muitos estão pregando por aí, debaixo apenas da conveniência de homens sem o menor temor de Deus.


“Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor,  continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como  foram ensinados, transbordando de gratidão. Tenham cuidado para que  ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas  tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.


Pois em Cristo habita Corporalmente toda a plenitude da  divindade, e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade,  vocês receberam a plenitude. Nele também vocês foram circuncidados,  não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do Corpo da carne.


Isso aconteceu  quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os  mortos.


Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da  sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as  transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e  que nos era contrária.


Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público,  triunfando sobre eles na cruz. Portanto, não permitam que ninguém os  julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma  festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.


Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo. Não permitam que ninguém que tenha prazer  numa falsa humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar o prêmio.


Tal pessoa conta detalhadamente suas visões, e sua mente carnal a  torna orgulhosa. Trata-se de alguém que não está unido à Cabeça, a partir  da qual todo o Corpo, sustentado e unido por seus ligamentos e juntas,  efetua o crescimento dado por Deus. Já que vocês morreram com Cristo  para os princípios elementares deste mundo, por que, como se ainda  pertencessem a ele, vocês se submetem a regras: “Não manuseie!”, “Não  prove!”, “Não toque!”? Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos.


Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa  humildade e severidade com o Corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.” (Cl. 2:6-23) NVI.


Efésios 2:8-9- “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se  glorie.”


E que Deus possa te abençoar muito


Wagner de Salles

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