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domingo, 11 de março de 2012

PAPO DA SEGUNDA - Jesus e as decepções humanas 2

Jesus e as decepções humanas 2



I. DECEPCIONAMO-NOS CONOSCO MESMO
Talvez, aquele homem quando olhava para as suas pernas atrofiadas, sua sujeira, seu mal cheiro, sua dependência dos outros, sua miséria, sua inércia ficava ainda mais frustrado consigo mesmo. Vemos, em Jo 5.14, que a causa de sua paralisia era algum pecado que cometera. Não há nada mais que nos frustra que a consciência do pecado. Aquele homem estava decepcionado consigo mesmo. Hoje, Inúmeros motivos querem nos fazer prostrar inertes, levando-nos a nos subestimar doentiamente.
Por isso, é preciso ter firme em nossa mente que não podemos confiar em nós mesmos. Salomão disse “o que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28:26). Um dos melhores crentes que pisou a face da Terra, o apóstolo Paulo, um dia, também viu-se frustrado consigo mesmo e desabafou: “Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: Quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? (Rm 7.18-24, BLH). Vemos assim que o Apóstolo aos gentios também decepcionou-se consigo mesmo.
Quantas vezes nos acabrunhamos por detectar falhas em nosso caráter? Quantas vezes nos decepcionamos por não conseguirmos orar como gostaríamos? Quantas vezes nos chateamos por nos omitimos diante de desafios que Deus coloca diante de nós? Quantas vezes nos afundamos por deixarmos de praticar a teoria do bem que conhecemos? Quantas vezes ficamos arrasados por não meditarmos na Palavra de Deus como deveríamos? Quantas vezes esquecemos que o Espírito Santo é uma pessoa e como tal quer uma relação pessoal conosco? Quantas vezes nos deprimimos por não conseguirmos ser quem gostaríamos de ser?
Isso tudo acontece porque não somos os super-homens que ingenuamente gostaríamos de ser. Por certo, Deus permite que isso ocorra para que tenhamos consciência de que o conteúdo do Evangelho dentro de nós, que é como verdadeiro tesouro espiritual, e para que tenhamos consciência de que “somos como vasos frágeis de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós”. Por isso, devemos agir na direção da palavra do salmista: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia” (Sl 37. 5).
Mas, além de nos frustrar conosco mesmo, também nos desiludimos com aqueles que se relacionam conosco.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Transformando sua leitura da Bíblia


Transformando sua leitura da Bíblia



Texto de Dane Ortlund, com tradução de Josaias Jr, com ótimas dicas de como transformar sua leitura da bíblia. É importante saber o propósito da leitura da bíblia, assim como encontrar o foco ideal para entender a chave de cada versículo bíblico.


Em um debate teológico com os PhDs religiosos de sua época, Jesus afirmou àqueles que alegavam ter Moisés como patriarca: “Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito” (João 5.46).


É assim que você lê o Antigo Testamento?


A teologia bíblica molda nossa leitura da Bíblia ao alinhá-la à leitura do próprio Jesus – a saber, a leitura da Palavra de Deus como boas novas historicamente fundamentadas a respeito da graça de Deus através do Filho de Deus para o povo de Deus, para a glória de Deus.


Posicione na grande história


As lentes da teologia bíblica nos treinam a posicionar qualquer passagem no escopo da história única. Essa maneira de ler a Bíblia alegremente reconhece os diversos gêneros na Escritura – narrativo, poético, profecia, cartas. Embora a Bíblia não sejauniforme, ela é unificada.


A teologia bíblica lê a Bíblia como um drama se desdobrando, tomando lugar no tempo e no espaço do mundo real, que culmina em um homem chamado Jesus – que disse que “tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” – uma expressão para todo o Antigo Testamento – “era necessário que se cumprisse” (Lucas 24.44).


Alternativas para a abordagem da teologia bíblica


De que outras maneiras podemos ler a Bíblia?




  • A Abordagem Mina de Ouro – ler a Bíblia como uma mina vasta, cavernosa e sombria, onde ocasionalmente tropeça-se em uma pedra de inspiração. Resultado: leitura confusa.




  • A Abordagem Heróica – ler a Bíblia como um hall da fama moral que dá um exemplo após outro de gigantes espirituais que devem ser imitados. Resultado: leitura desesperadora.




  • A Abordagem das Regras – ler a Bíblia procurando mandamentos para obedecer a fim de sutilmente reforçar um sentimento de superioridade pessoal. Resultado: leitura farisaica.




  • A Abordagem Artefato – ler a Bíblia como um documento antigo sobre eventos no Oriente Médio há algumas centenas de anos que são irrelevantes para minha vida hoje. Resultado: leitura chata.




  • A Abordagem Manual de Instruções – ler a Bíblia como um mapa que me diz onde trabalhar, com quem casar e que xampu usar. Resultado: leitura ansiosa.




  • A Abordagem Doutrinária – ler a Bíblia como um repositório teológico para sacar munição para meu próximo debate teológico na Starbucks. Resultado: leitura fria.




Não transforme a bíblia em algo que ela não é


Existe certa verdade em cada uma dessas abordagens. Mas tornar uma delas a lente predominante é transformar a Bíblia em um livro que ela nunca se propôs a ser. A abordagem da teologia bíblica entende a Bíblia em seus próprios termos – a saber, que “todas as promessas de Deus encontram seu ‘Sim’ em Jesus” (2 Coríntios 1.20). Resultado: leitura transformadora.


A teologia bíblica te convida a ler a Bíblia entendendo qualquer passagem dentro da narrativa central que culmina em Cristo. A Bíblia não é primariamente mandamentos com histórias de graça salpicadas. É primariamente uma história de graça com mandamentos espalhados nela.


E o que dizer das partes estranhas?


Algumas partes da Bíblia, é claro, parecem nada ter a ver com essa história de graça.




  • Como, por exemplo, lemos registros obscuros do Antigo Testamento sobre reis israelitas perversos ou sacerdotes malignos? A resposta da perspectiva da teologia bíblica é essa: Lemos como histórias que gradualmente intensificam nosso desejo por um verdadeiro rei, um sacerdote final, que nos liderará como esses homens deveriam ter feito – verdadeiramente representando Deus para o povo (rei) e o povo para Deus (sacerdote).




  • Como lemos genealogias? Como testemunhos da graça de Deus a indivíduos reais, levando as promessas de Deus em linhagens específicas de maneiras concretas, promessas que nunca falharam, e que, em última análise, encontram realização em Jesus.




  • Como lemos Provérbios? Como boas novas de sábio auxílio de alguém para discípulos trôpegos como você e eu.




Um livro de boas notícias


Imagine cair de paraquedas no meio de um livro, lendo uma frase e tentando entender tudo o que essa frase diz sem posicioná-la no meio do romance como um todo. Isso confundiria o leitor, obscureceria o significado e insultaria o autor.


A Bíblia é o relato autobiográfico de Deus da sua missão pessoal de resgate para restaurar um mundo perdido por meio de seu Filho. Cada verso contribui com essa mensagem.


A Bíblia não é discurso motivacional. É Boa Notícia.


Traduzido por Josais Jr | iPródigo
Fonte: http://iprodigo.com


sexta-feira, 20 de maio de 2011

David Wilkerson - Sua Última Mensagem (IMPERDÍVEL)

Autor de “A Cruz e o Punhal”, Pastor David Wilkerson morreu em acidente de carro



Pastor David Wilkerson morreu aos 79 anos. O fundador da Igreja de Times Square, em Nova Iorque, sofreu um acidente de carro no Texas na tarde desta quarta-feira, 27 de Abril.


No twitter, parentes confirmaram a morte: “meu querido primo David Wilkerson”, afirmou Rich Wilkerson, primo do Pastor, que também pediu orações. Wilkerson tinha quatro filhos e 11 netos.


O Pastor estava acompanhado de sua esposa, Gwen, que foi levada para o hospital e permanece em estado grave. Os detalhes do acidente informados pela CBNNewsainda não estão completos.


Ele havia postado em seu blog, ainda hoje, um artigo em que fala sobre “quando tudo falhar”. Nele incentiva o enfrentamento diante de dificuldades, sempre com a firmeza na fé.


“Para quem vai pelo vale da sombra da morte, ouça esta palavra: choro vai durar por algum escuro, noites horríveis, e em que a escuridão em breve você vai ouvir o sussurro do Pai: “Eu estou com você”, escreveu Wilkerson.


“Amado, Deus nunca deixou de agir, com bondade e amor. Quando falham todos os meios, o seu amor prevalece. Segure firme a sua fé. Permanecei firmes na sua Palavra. Não há outra esperança neste mundo”.


Morreu ontem num acidente automobilístico, no estado do Texas, Estados Unidos, o pastor David Wilkerson. Ele dirigia um sedã Infinity e colidiu de frente com um caminhão. De acordo com o Departamento de Segurança daquele estado, Wilkerson não estava usando cinto de segurança. A esposa do ministro, Gwen Wilkerson, de 70 anos, usava o cinto e sobreviveu. Ela foi transportada de helicóptero para o East Texas Medical Center, de Jacksonville, e seu estado é grave. O motorista do caminhão, Frederick Braggs, de 38 anos, foi atendido no mesmo hospital, mas sofreu apenas ferimentos leves.


David Wilkerson é conhecido mundialmente pelo seu trabalho na evangelização de drogados e jovens marginais e também pelo livro A cruz e o punhal, que relata os primeiros anos de seu ministério. Ele é o fundador do Desafio Jovem, entidade internacional dedicada a recuperar jovens do mundo das drogas e do crime.


A morte de David Wilkerson, aos 79 anos, também cala uma das vozes mais poderosas contra os desvios doutrinários e as aberrações comportamentais que invadiram a Igreja nos últimos anos. Ele se mostrava profundamente angustiado com a situação e com a letargia do povo de Deus diante do avanço desses modismos, cobrando uma atitude dos cristãos. Ele dizia: “Nós nos agarramos a nossas retóricas religiosas e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão passivos! A verdadeira paixão nasce da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo vem de um batismo de angústia”. Que a sua morte não seja motivo de esquecermos as suas palavras.


Vida e obra


Pastor Wilkerson passou a primeira parte do seu ministério, aproximando-se de membros de gangues e viciados em drogas em Nova Iorque, como disse em seu livro, o best-seller A Cruz e o Punhal.


Seu trabalho deu o start no mundo às atividades cristãs de recuperação de dependentes químicos, por meio de centros de recuperação. Em 1971, começou a World Challenge, Inc. como um guarda-chuva para suas cruzadas, conferências, evangelismo e outros ministérios.


Igreja de Times Square foi fundada sob os parâmetros do grupo em 1987. Atualmente ela é liderada pelo pastor Carter Conlon e tem mais de 8 mil membros.


Fica aqui a nossa última homenagem com este vídeo, de sua última menssagem, é imperdível...






quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT – SÉRIE IGREJA VIVA 5

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT



A IGREJA PRIMITIVA (5)


Por John Stott


Relações renovadas


Os quatro sinais da igreja , que vemos na igreja primitiva, todas têm a ver com nossas relações.


O primeiro que se menciona é a relação com os apóstolos. Os cristãos se dedicavam a receber e conservar os ensinamentos dos apóstolos. Também estavam relacionados entre si: perseveravam na comunhão, se amavam uns aos outros, se cuidavam mutuamente. Certamente, se relacionavam com Deus. O adoravam no templo e nas casas, formal e informalmente, com alegria e com reverência. Finalmente os primeiros cristãos estavam relacionados com o mundo fora da igreja, e por isso cada dia chegava mais pessoas que recebiam o evangelho de Jesus Cristo.


Faz um tempo, escutei um grupo de jovens que havia visitado todas as igrejas da cidade mas não tinham encontrado nenhuma que realmente lhes satisfizesse. Deixaram de buscar e se denominaram a si mesmos de “cristãos desligados”.


Quando perguntei o que tinham estado procurando, o que entendiam que deveria ser a igreja, mencionaram quatro pontos. Aqueles jovens não tinham idéia de que estas qualidades estavam escritas no livro de Atos; disseram que estavam buscando uma igreja que tivesse pregação bíblica, onde a Palavra fosse exposta e que tivesse aplicação prática. Em segundo lugar, buscavam uma igreja que tivesse comunhão real, onde os membros se cuidassem mutuamente e se apoiassem. Em terceiro lugar, buscavam uma igreja que adorasse, na qual fosse uma realidade a presença de Deus. Em quarto lugar, estavam buscando uma igreja que tivesse um ministério para o mundo.


O que aqueles jovens buscavam, como tantos outros, era nada menos que uma igreja viva, verdadeiramente renovada, uma igreja que mostrasse exatamente as quatro características que vimos que a igreja primitiva tinha.


O Espírito Santo veio em Pentecostes e Ele não deixou a igreja. Nossa responsabilidade não é esperar que o Espírito Santo volte, mas antes reconhecer Sua soberania na igreja. Devemos nos humilhar ante Ele, buscar sua plenitude, sua direção e Seu poder. Quando isso ocorrer, nossa igreja se aproximará a esse maravilhoso ideal que nos apresenta o livro de Atos: o ensinamento apostólico, a comunhão uns com os outros, a adoração viva, e a evangelização continua.


Oremos por nossas igrejas, para que se renovem e cumpram o propósito para o qual Cristo fundou Sua igreja!


John Stott é um conhecido e respeitado mestre da Bíblia. Além de ter pastoreado uma igreja anglicana e desempenhar-se como líder evangélico em seu país, Inglaterra, é autor de muitos livros traduzidos para várias línguas.


John Stott apóia de diversas formas instituições evangélicas de formação pastoral e teológica. Colabora ativamente com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, em missões evangélicas nas universidades de todos os continentes.


Agradecemos ao irmão John Stott por seu serviço ao Reino de Deus, tanto ao dar as conferências como ao apoiar a sua publicação.


Uma igreja viva procura responder ao propósito com que Cristo a fundou e as necessidades peculiares da nossa época. Essa é a mensagem deste livro, e pode ser também a realidade de nossas igrejas.




LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT – SÉRIE IGREJA VIVA 4

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT



A IGREJA PRIMITIVA (4)


Por John Stott


Evangelização contínua


Finalmente uma igreja viva é uma igreja evangelizadora. Até aqui, temos considerado no estudo, a comunhão e a adoração. Lucas nos diz que a igreja era fiel e perseverava nas coisas. Esses eram os feitos característicos da igreja, cheia do Espírito Santo desde o dia de Pentecostes: aprendiam dos apóstolos, ajudavam uns aos outros, adoravam a Deus. Se a passagem terminasse aqui, esta seria uma igreja incompleta. Não há referência sobre o mundo, sua necessidades, sua alienação de Deus. Sempre é um risco tomar um versículo isolado. Atos 2:42 é um versículo favorito e clássico e se tem feito muitas mensagens e discursos sobre esta passagem. No entanto, se somente se faz referência ao versículo 42, todas essas mensagem ficam desequilibradas. Não há ali uma descrição completa e harmônica da igreja. Não poderíamos pensar em uma igreja como uma comunidade ocupada unicamente de si mesma, como se tivessem abandonado o mundo necessitado que está do lado de fora. Somente quando chegamos ao final da passagem se completa a perspectiva:


“E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de


salvar”. (Atos 2:47)


Nesta breve referência podemos aprender alguns pontos sobre a evangelização. O primeiro é que o Senhor mesmo acrescentava os que haviam de ser salvos. O Senhor Jesus inclui cada dia novos crentes à igreja. Certamente, Jesus Cristo delega aos ministros e líderes da igreja a tarefa de admitir aos novos membros da igreja mediante o batismo. Porém somente Ele pode os admitir na igreja invisível, quando se arrependem e confiam em Jesus como Salvador e Senhor.


O ensinamento, o testemunho diário dos membros da igreja e sua vida de amor aos demais, são os meios que Deus usa para fazer chegar Sua mensagem ao mundo. Porém quem salva e incorpora novos membros a Sua igreja é Jesus Cristo.


Vivemos em uma época que confia muito no ativismo e na tecnologia. Sem dúvida, há de se fazer uso de toda tecnologia que o Senhor tem nos dado. Porém temos que humilharnos diante de Deus e reconhecer que somente Cristo pode abrir os olhos dos cegos, destapar os ouvidos dos surdos e dar vida às almas mortas. A igreja hoje necessita ser mais humilde.


Um segundo ponto sobre a evangelização é que Jesus fazia duas coisas, e estas devem sempre estar juntas. Acrescentava cada dia à igreja os que iam ser salvos, quer dizer, não os acrescentava sem serem salvos nem os salvava sem os acrescentar a igreja. Salvação e pertencer à igreja são dois atos que vão juntos.


Em terceiro lugar, Jesus fazia isto cada dia. O Senhor fazia crescer dia a dia a comunidade. A evangelização não é um assunto ocasional, deve ser algo contínuo. Quando a igreja esta cheia do Espírito Santo, se abre ao mundo necessitado de Deus e então as pessoas podem ser acrescentadas cada dia à igreja.


Existem congregações que não têm tido um novo convertido nos últimos dez anos; e se chegassem a ter um, não saberiam o que fazer com ele, tão extraordinário é o fenômeno! Cultivemos a expectativa de que o Senhor acrescente diariamente novos membros à igreja.


John Stott é um conhecido e respeitado mestre da Bíblia. Além de ter pastoreado uma igreja anglicana e desempenhar-se como líder evangélico em seu país, Inglaterra, é autor de muitos livros traduzidos para várias línguas.


John Stott apóia de diversas formas instituições evangélicas de formação pastoral e teológica. Colabora ativamente com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, em missões evangélicas nas universidades de todos os continentes.


Agradecemos ao irmão John Stott por seu serviço ao Reino de Deus, tanto ao dar as conferências como ao apoiar a sua publicação.


Uma igreja viva procura responder ao propósito com que Cristo a fundou e as necessidades peculiares da nossa época. Essa é a mensagem deste livro, e pode ser também a realidade de nossas igrejas.


LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT – SÉRIE IGREJA VIVA 3

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT



A IGREJA PRIMITIVA (3)


Por John Stott


Adoração prazerosa e reverencia


Os primeiros cristãos não eram só fieis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros. Também se reuniam e participavam juntos “no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42).


“E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa,


comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (Atos 2:46)


O partir o pão se refere, sem dúvida, a Ceia do Senhor. Provavelmente, além dos símbolos do corpo e do sangue de Cristo na igreja primitiva havia também uma ceia compartilhada, um ágape. As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas mas sim as reuniões de oração.


Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja renovada. Aqueles cristãos mostravam equilíbrio nos dois sentidos.


Por um lado a adoração era formal e informal. Isso deduzimos do versículo 46, onde nos é dito que adoravam nas casas e no templo. É interessante que os primeiros cristãos continuaram adorando no templo. Não abandonaram de imediato a igreja institucional; queriam reforma-la de acordo com o evangelho. Seguramente não participavam dos sacrifícios do templo, porque entendiam que os sacrifícios já haviam sido cumpridos definitivamente com a morte e ressurreição de Cristo. No entanto, continuaram participando das reuniões de oração no templo. Estas reuniões tinham certa formalidade, mas os cristãos as suplementavam com reuniões mais informais e espontâneas nos lares.


Creio que aqui há uma lição importante para a igreja contemporânea. Algumas igrejas são demasiadas conservadoras. Resistem a mudanças, parecem feitas de cimento; seu lema parece ser a expressão litúrgica, ‘para sempre, pelos séculos dos séculos, amém…’ Nesse tipo de congregação os adultos precisam escutar os jovens, e estes deveriam estar representados na direção da igreja. Não é necessário que estejamos sempre de acordo com eles, porém devemos escutar-los com respeito. Os jovens, por sua vez, entenderam que a maneira com que Deus transforma a igreja institucional é mais pela reforma paciente do que pela revolução violenta.


Não precisamos nos opor ao formal através do informal; cada um é apropriado no seu momento. Precisamos os serviços dignos e solenes no templo, mas também precisamos nos encontrar nos lares, onde podemos ser mais informais e espontâneos. A adoração se enriquece tanto com a dignidade como com a espontaneidade.


Um segundo aspecto do equilíbrio que guardava a adoração na igreja primitiva era sua atitude de gozo e ao mesmo tempo reverente. A palavra que traduz “alegria” no versículo 46 descreve gozo exuberante. Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações… Como não iram estar alegres! O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria.


Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri, ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por que? Alegremos-nos no Senhor! Cada reunião deve ser uma celebração alegre.


Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus.


John Stott é um conhecido e respeitado mestre da Bíblia. Além de ter pastoreado uma igreja anglicana e desempenhar-se como líder evangélico em seu país, Inglaterra, é autor de muitos livros traduzidos para várias línguas.


John Stott apóia de diversas formas instituições evangélicas de formação pastoral e teológica. Colabora ativamente com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, em missões evangélicas nas universidades de todos os continentes.


Agradecemos ao irmão John Stott por seu serviço ao Reino de Deus, tanto ao dar as conferências como ao apoiar a sua publicação.


Uma igreja viva procura responder ao propósito com que Cristo a fundou e as necessidades peculiares da nossa época. Essa é a mensagem deste livro, e pode ser também a realidade de nossas igrejas.



LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT – SÉRIE IGREJA VIVA 2

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA – JOHN STOTT



A IGREJA PRIMITIVA (2)


Por John Stott


Comunhão e ajuda mútua


A segunda marca de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. Se a primeira marca é o estudo, a segunda é a comunhão.


A palavra comunhão que utilizam algumas versões é a tradução de koinonía. Este termo descreve aquilo que temos em comum, o que compartilhamos como crentes em Cristo. Isto se refere a duas verdades complementares.


Em primeiro lugar, compartilhamos a graça de Deus. O apóstolo João começa sua primeira carta com estas palavras: “Nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo…” Paulo fala da comunhão que temos com o Espírito Santo. A comunhão autêntica é uma comunidade trinitária. Nós os crentes participamos em comum no Pai, no Filho e no Espírito Santo.


Há um segundo aspecto da koinonía. Também temos em comum o que damos. Este é o aspecto que Lucas dá ênfase. Em suas cartas, Paulo usa esta mesma palavra, koinonía, para referir-se a uma oferta que estavam dando as igrejas. O adjetivo koinónico significa “generoso” e, nesta passagem, Lucas descreve a generosidade dos cristãos primitivos:


“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam


suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de


mister.” (Atos 2:44-45)


Esta passagem nos perturba. Preferimos salta-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado de Francisco de Assis, na idade média, e provavelmente é o chamado de Madre Tereza, em Calcutá. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas.


Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir-lo. Mas, mesmo que não seja nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos.


O primeiro fruto do Espírito Santo é o amor. Em particular, a igreja primitiva cuidava dos pobres, e compartilhava com eles parte de suas possessões. Esta atitude deve caracterizar a igreja em todos os tempos. A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza. Conhecemos as estatísticas. O número de gente que vive na miséria, sem cobrir as necessidades básicas para sobreviver, é aproximadamente de um bilhão. A média dos que morrem de fome cada dia é de dez mil pessoas. Como podemos viver com estas estatísticas? Nós cristãos que vivemos em países mais ricos devemos ajustar nosso estilo de vida e viver com mais simplicidade. Não porque cremos que isto vai solucionar os problemas macroeconômicos do mundo, senão por solidariedade com os pobres.


Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja generosa. A generosidade tem sido sempre uma característica do povo cristão porque nosso Deus é um Deus generoso. Por isso, outra palavra que expressa a atitude de generosidade é a palavra “graça”. Se Ele da tudo de graça, se nosso Pai é generoso, Seus filhos também devem ser generosos.


John Stott é um conhecido e respeitado mestre da Bíblia. Além de ter pastoreado uma igreja anglicana e desempenhar-se como líder evangélico em seu país, Inglaterra, é autor de muitos livros traduzidos para várias línguas.


John Stott apóia de diversas formas instituições evangélicas de formação pastoral e teológica. Colabora ativamente com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, em missões evangélicas nas universidades de todos os continentes.


Agradecemos ao irmão John Stott por seu serviço ao Reino de Deus, tanto ao dar as conferências como ao apoiar a sua publicação.


Uma igreja viva procura responder ao propósito com que Cristo a fundou e as necessidades peculiares da nossa época. Essa é a mensagem deste livro, e pode ser também a realidade de nossas igrejas.

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA - JOHN STOTT - SÉRIE IGREJA VIVA

LIVRO SINAIS DE UMA IGREJA VIVA - JOHN STOTT



A IGREJA PRIMITIVA (1)


Por John Stott


“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:42-47)


Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá.


A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra:


“O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14)


Na eternidade, Deus nos reunirá aos redimidos por Cristo como um só povo, do qual o apóstolo João teve uma antecipação extraordinária:


“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” (Apocalipse 7:9-10)


Tomaremos, como base para nossa reflexão sobre a igreja, os capítulos da primeira carta de Paulo aos Corintios. Antes, a título de introdução, daremos uma olhada na igreja primitiva, como a descreve Lucas no livro de Atos.


Como é uma igreja viva?


É natural que para responder esta pergunta, voltemos ao relato de Pentecostes no livro de Atos. É bom que sejamos realistas na leitura. Costumamos ver a igreja primitiva com uma atitude idealista, romântica. Nos maravilhamos com seu ímpeto evangelístico, seu impacto transformador no mundo. Falamos dela com admiração, como se não tivesse defeito; nos esquecemos as heresias, as hipocrisias, as rivalidades e imoralidades que perturbavam a igreja primitiva tanto quanto a perturba hoje. Contudo, existe algo evidente: essa igreja primitiva em Jerusalém foi profundamente renovada pelo Espírito Santo. Qual era a evidência da presença e do poder do Espírito Santo? Se pudermos responder esta pergunta, poderemos também responder outra: Qual é a evidência da presença do Espírito Santo na igreja de hoje?


Lucas descreve quatro marcas de uma igreja cheia do Espírito. Esses são traços que deveriam caracterizar a toda igreja aberta para a presença e o poder do Espírito Santo.


Ensinamento apostólico


Esta primeira característica é surpreendente e não muitas congregações a teriam em conta hoje. A igreja viva é uma igreja que está aprendendo, uma comunidade que estuda.


A primeira coisa que Lucas disse sobre esta igreja renovada pelo Espírito é que ela perseverava na doutrina dos apóstolos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42).


Poderíamos dizer que, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo abriu uma escada para a igreja. Os mestres da escola eram os apóstolos, a quem Jesus tinha escolhido e treinado: e havia três mil estudantes… na realidade, meninos do jardim de infância. Estes recém nascidos para a fé, convertidos e cheios do Espírito Santo, não estavam dedicados a desfrutar de uma experiência mística que os fizera se esquecer ou de arrazoar sobre o que criam. Pelo comentário, perseveravam na doutrina dos apóstolos e queriam aprender tudo o que fosse possível. Tinham fome da verdade e queriam sentar-se aos pés dos apóstolos e absorver seus ensinamentos.


A plenitude do Espírito Santo é incompatível com o antiintelectualismo. O Espírito de Deus é Espírito de verdade. Esse foi um dos títulos que Jesus mesmo o deu ao Espírito. Se quisermos estar cheios do Espírito, sua verdade será importante para nós.


Aqueles crentes primitivos não pensaram que bastava para eles a presença do Espírito Santo em seu interior para conhecer a verdade. Não deram por certo que, por haver recebido a plenitude do Espírito Santo, este era o mestre que precisavam, e que poderiam prescindir dos mestres humanos. Não foi assim na igreja primitiva. Os novos crentes sabiam que Jesus havia nomeado aos apóstolos para que fossem mestres da igreja, e procuravam aprender todo o possível e perseveravam na sua doutrina.


Como se aplica isto à igreja de hoje? O que significa para nós perseverar na doutrina dos apóstolos, ser fiel em conservar seus ensinamentos? Entendemos que já não há apóstolos na igreja. Pode haver ministérios apostólicos, como os que realizam missões, os plantadores de igreja, os líderes. Estas pessoas exercem ministério apostólico mas não podemos os chamar apóstolos. Ninguém na igreja atual tem uma autoridade comparada a de Paulo, Pedro ou qualquer dos apóstolos de Jesus Cristo. Eles tinham uma autoridade única para ensinar em nome de Jesus e ninguém tem essa autoridade hoje. Então, se não há apóstolos na igreja contemporânea, como nós podemos nos submeter aos ensinamentos dos apóstolos? Seus ensinamentos chegaram até nós pela Bíblia. O Novo Testamento é precisamente isso: os ensinamentos dos apóstolos. Esta é a única classe de sucessão apostólica em que cremos, a continuidade da doutrina apostólica por meio do Novo Testamento.


Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja bíblica, uma igreja neotestamentária, uma igreja apostólica. Nela se ensina as Escrituras. Os pais ensinam a Bíblia aos filhos. Os membros da igreja lêem e refletem sobre as Escrituras todos os dias. O Espírito de Deus dirige o seu povo a submeter-se à Palavra de Deus, e quando o faz, essa igreja se remova com a presença do Espírito Santo.


John Stott é um conhecido e respeitado mestre da Bíblia. Além de ter pastoreado uma igreja anglicana e desempenhar-se como líder evangélico em seu país, Inglaterra, é autor de muitos livros traduzidos para várias línguas.


John Stott apóia de diversas formas instituições evangélicas de formação pastoral e teológica. Colabora ativamente com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, em missões evangélicas nas universidades de todos os continentes.


Agradecemos ao irmão John Stott por seu serviço ao Reino de Deus, tanto ao dar as conferências como ao apoiar a sua publicação.


Uma igreja viva procura responder ao propósito com que Cristo a fundou e as necessidades peculiares da nossa época. Essa é a mensagem deste livro, e pode ser também a realidade de nossas igrejas.