quarta-feira, 27 de julho de 2011

Porque Eu Odeio Religião





Porque Eu Odeio Religião










Ótimo vídeo no qual Mark Driscoll faz um belo discurso contra a religiosidade. Assista e reflita






;)



Como aproveitar a Bíblia


Como aproveitar a Bíblia



Muito interessante esse texto de James MacDonald que foi traduzido pelo Filipe Schulz, do iPródigo. Leia e saiba como aproveitar ao máximo de sua bíblia.


Na semana passada, respondi algumas perguntas interessantes sobre como eu marco a minha Bíblia. Mas antes de falar mais sobre isso, eu queria refletir sobre como podemos aproveitar melhor a Bíblia, começando com meu versículo preferido da Palavra de Deus, Jeremias 15.16, que diz: “Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti Senhor Deus dos Exércitos”. A Escritura está para a alma como a comida está para os nossos corpos. Aqui estão cinco coisas que você precisa fazer se você quer se alimentar da Palavra de Deus e alimentar sua alma.


Se você pega a Bíblia, e a mede, mas não a lê, bem, que desperdício. Então a abra e comece a ler. Você talvez diga “Cara, ela tem centenas de páginas. Por onde eu começo?”. Eu ouço isso com tanta freqüência que decidi dar uma olhada nas minhas Bíblias. Elas têm em média 1400 páginas. Então pense nela como dois grandes livros ou quatro ou cinco livros de tamanho normal. Estudos indicam que são necessárias por volta de 70 horas para ler a Bíblia inteira em voz alta. A maioria das pessoas lê mais rápido que isso, mas a Bíblia não é um livro que você vai querer ler rapidamente, de qualquer forma. É mais ou menos como aquela sua sobremesa preferia – pegue um ou dois pedaços e abaixe a colher – uma boa maneira de ter certeza que você está entendendo a grandeza do que está lendo. Se você ler 12 minutos por dia, ou uma hora e meia por semana, você não terá problemas para ler toda a Bíblia em um ano, e você será tão abençoado que vai querer começar de novo no ano seguinte. Ler a Bíblia não é algo que intimida tanto quanto as pessoas fazem parecer.


Quanto a por onde começar, eu sempre recomendo que as pessoas comecem com o Evangelho de João, que é o quarto livro do Novo Testamento, o quarto testemunho ocular da vida de Jesus. Enquanto você estiver lendo atentamente esse evangelho, pare e sublinhe a palavra crer toda vez que ela aparecer e se pergunte: Crer em que? Ou em quem? Agora vá para as cartas de João (1, 2 e 3 João). Agora leia outro evangelho. Isso te manterá ocupado por um tempo. Faça uma oração curta antes de começar a ler. Peça ao Senhor que abra sua mente e seu coração para Sua verdade e creia que ele irá fazê-lo. E não se deite para ler a Bíblia. Ela não é uma revista ou um romance qualquer. Lembre-se, é a Palavra de Deus, e se você respeitá-la devidamente, ela ira “abalar suas estruturas”, de uma forma incrível. Se você mantiver uma postura séria, você alcançará sérios resultados. Leia. Sugiro que você gaste pelo menos 15 minutos para ler dois ou três capítulos de uma vez.


Aqui está outra coisa. Não só leia:


Como você está apenas começando, vou sugerir algumas perguntas, e com o tempo, você pensará em outras perguntas por si só.




  1. “Qual parte do que eu li chamou a minha atenção?” Você vai ler dois ou três capítulos e com certeza vai gostar mais de algumas partes específicas. Vá até essas partes e faça as seguintes perguntas.




  2. “Porque essa parte chamou a minha atenção?” O que tem aqui que me atraiu? Para ajudar a responder essa pergunta, faça essas outras perguntas.




  3. “Há algum exemplo a ser seguido?” Eu não saberia dizer quantas vezes a Palavra de Deus impactou minha vida ao dizer simplesmente essas palavras: “Há algum exemplo a ser seguido?”. Então de repente é como se – BUM! Quase que salta da página: “James, você deveria ser assim!”. Eu amo quando a Palavra de Deus fala comigo dessa forma e me chama a ser mais parecido com o que Deus espera.





    1. “Há algum erro a ser evitado?” É muito confortante saber que se eu caminhei na direção errada sem saber, ou tomei uma decisão equivocada, a Palavra de Deus pode me revelar isso. É fácil reconhecer os erros de outra pessoal, mas é muito difícil reconhecer nossos próprios erros. É aqui que a Palavra de Deus se torna um espelho. Há algum erro que eu possa evitar?




    2. “Há algum mandamento para seguir?” Há alguma ação que a Palavra de Deus me chame para tomar? Há algo importante que eu estou negligenciando em minha casa, meu trabalho ou na minha vida pessoal? Se for o caso, eu quero saber o que é e como eu posso consertar. A Palavra de Deus várias vezes nos revela mandamentos a serem seguidos.




    3. “Há alguma promessa para mim?” Muitas vezes a Palavra de Deus traz forças e encorajamento. Conforme você estuda a Bíblia, você vê o Senhor se comprometendo a certas coisas ou a agir de certa forma. E conforme você enxerga essas promessas, você chega à conclusão “Sim, Deus! Tu és assim, e prometeu ser assim pelo resto da minha vida, e eu confio em Ti”. Seu coração se enche de alegria quando você aprende e relembra as promessas de Deus.




    4. “Há algum pecado a ser confessado?” Eu imagino que isso seja óbvio, de certa forma. Você não vai precisar ler muito da Bíblia para encontrar passagens que te revelam os “erros de seus caminhos”. Mas uma das promessas que te ajudam com isso é a de 1 João 1.9, que diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.




    Agora que você começou a questionar a Palavra de Deus, você está pronto para a terceira coisa.


    Planeje


    Isso é absolutamente essencial se você pretende aproveitar a Bíblia tanto quanto puder pelo resto de sua vida. Faça um plano de ação em relação a como você vai por em prática o que está aprendendo. Tenha um caderno aberto ao lado da Bíblia e anote algumas coisas. Escreva alguns pensamentos nas margens das páginas da Bíblia. Quando, pela Palavra, você se ver culpado de ira, mentira ou egoísmo, tenha uma estratégia para lidar com esses pecados. Faça um plano específico e mensurável. Os resultados que você começará a ver te surpreenderão. Leia. Questione. Planeje.


    Ore


    Muitas vezes as pessoas não têm certeza do que dizer em suas orações. Quando você ora as verdades da própria Palavra de Deus, você tem a confiança de estar orando o que Deus espera. Você também tem a confiança de que Deus vai responder o que você está pedindo se a direção realmente vem da Sua Palavra. É isso que significa orar de acordo com a vontade de Deus. Como eu gostaria de ter lido um livro tão específico e prático assim, 20 anos atrás. Teria me ajudado imensamente. Ao invés disso, eu bati minha cabeça contra a parede por um bom tempo antes de descobrir tudo isso. De qualquer forma, pelo menos você pode aprender com os meus erros. Há poder em orar a Palavra de Deus. Quando você abre em uma passagem e diz “Deus, tu és assim, e prometeu ser assim para sempre” – Uau! Então leia. Questione. Planeje. Ore.


    Compartilhe


    Quando você aprende alguma coisa da Palavra de Deus, você deve compartilhar com outra pessoa. Tome algum tempo para falar sobre algo de seu estudo com sua esposa, seu colega de quarto ou um amigo da escola. Talvez você possa compartilhar com um amigo do trabalho ou na sua igreja. Hebreus 10.24 instrui que “consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras”. É isso que acontece quando você compartilha o que tem recebido da Palavra de Deus. Pessoas que me vêem pregando e vêem meu entusiasmo pensam Cara, aquele homem realmente ama pregar. Mas isso não é verdade. Eu não me importo muito com a pregação – não como um fim em si mesmo. O que me leva a pregar é ouvir sobre a diferença que a Palavra de Deus proporciona na vida das pessoas. Se eu levantasse todo Domingo e pregasse sabendo que ninguém iria se interessar em aplicar em suas vidas, eu nem me daria ao trabalho. Essa é a verdade. A razão pela qual nós compartilhamos a Palavra de Deus não está em nós; está nos outros. Então, como conseqüência, somos incrivelmente abençoados por ver o Deus Todo poderoso nos usando.


    A Escritura diz em Isaías 40.8 “A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.” Um dia, quando sua televisão, seu carro e sua casa não passarem de lixo e sucata, a verdade desse Livro ainda está viva. Vamos investir na única coisa que permanecerá. Quero dizer mais uma vez: Deus escreveu um Livro. Que Ele nos perdoe de não fazer o melhor uso possível desse Livro em nossas vidas.


    Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo
    Fonte: http://iprodigo.com/





Transformando sua leitura da Bíblia


Transformando sua leitura da Bíblia



Texto de Dane Ortlund, com tradução de Josaias Jr, com ótimas dicas de como transformar sua leitura da bíblia. É importante saber o propósito da leitura da bíblia, assim como encontrar o foco ideal para entender a chave de cada versículo bíblico.


Em um debate teológico com os PhDs religiosos de sua época, Jesus afirmou àqueles que alegavam ter Moisés como patriarca: “Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito” (João 5.46).


É assim que você lê o Antigo Testamento?


A teologia bíblica molda nossa leitura da Bíblia ao alinhá-la à leitura do próprio Jesus – a saber, a leitura da Palavra de Deus como boas novas historicamente fundamentadas a respeito da graça de Deus através do Filho de Deus para o povo de Deus, para a glória de Deus.


Posicione na grande história


As lentes da teologia bíblica nos treinam a posicionar qualquer passagem no escopo da história única. Essa maneira de ler a Bíblia alegremente reconhece os diversos gêneros na Escritura – narrativo, poético, profecia, cartas. Embora a Bíblia não sejauniforme, ela é unificada.


A teologia bíblica lê a Bíblia como um drama se desdobrando, tomando lugar no tempo e no espaço do mundo real, que culmina em um homem chamado Jesus – que disse que “tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” – uma expressão para todo o Antigo Testamento – “era necessário que se cumprisse” (Lucas 24.44).


Alternativas para a abordagem da teologia bíblica


De que outras maneiras podemos ler a Bíblia?




  • A Abordagem Mina de Ouro – ler a Bíblia como uma mina vasta, cavernosa e sombria, onde ocasionalmente tropeça-se em uma pedra de inspiração. Resultado: leitura confusa.




  • A Abordagem Heróica – ler a Bíblia como um hall da fama moral que dá um exemplo após outro de gigantes espirituais que devem ser imitados. Resultado: leitura desesperadora.




  • A Abordagem das Regras – ler a Bíblia procurando mandamentos para obedecer a fim de sutilmente reforçar um sentimento de superioridade pessoal. Resultado: leitura farisaica.




  • A Abordagem Artefato – ler a Bíblia como um documento antigo sobre eventos no Oriente Médio há algumas centenas de anos que são irrelevantes para minha vida hoje. Resultado: leitura chata.




  • A Abordagem Manual de Instruções – ler a Bíblia como um mapa que me diz onde trabalhar, com quem casar e que xampu usar. Resultado: leitura ansiosa.




  • A Abordagem Doutrinária – ler a Bíblia como um repositório teológico para sacar munição para meu próximo debate teológico na Starbucks. Resultado: leitura fria.




Não transforme a bíblia em algo que ela não é


Existe certa verdade em cada uma dessas abordagens. Mas tornar uma delas a lente predominante é transformar a Bíblia em um livro que ela nunca se propôs a ser. A abordagem da teologia bíblica entende a Bíblia em seus próprios termos – a saber, que “todas as promessas de Deus encontram seu ‘Sim’ em Jesus” (2 Coríntios 1.20). Resultado: leitura transformadora.


A teologia bíblica te convida a ler a Bíblia entendendo qualquer passagem dentro da narrativa central que culmina em Cristo. A Bíblia não é primariamente mandamentos com histórias de graça salpicadas. É primariamente uma história de graça com mandamentos espalhados nela.


E o que dizer das partes estranhas?


Algumas partes da Bíblia, é claro, parecem nada ter a ver com essa história de graça.




  • Como, por exemplo, lemos registros obscuros do Antigo Testamento sobre reis israelitas perversos ou sacerdotes malignos? A resposta da perspectiva da teologia bíblica é essa: Lemos como histórias que gradualmente intensificam nosso desejo por um verdadeiro rei, um sacerdote final, que nos liderará como esses homens deveriam ter feito – verdadeiramente representando Deus para o povo (rei) e o povo para Deus (sacerdote).




  • Como lemos genealogias? Como testemunhos da graça de Deus a indivíduos reais, levando as promessas de Deus em linhagens específicas de maneiras concretas, promessas que nunca falharam, e que, em última análise, encontram realização em Jesus.




  • Como lemos Provérbios? Como boas novas de sábio auxílio de alguém para discípulos trôpegos como você e eu.




Um livro de boas notícias


Imagine cair de paraquedas no meio de um livro, lendo uma frase e tentando entender tudo o que essa frase diz sem posicioná-la no meio do romance como um todo. Isso confundiria o leitor, obscureceria o significado e insultaria o autor.


A Bíblia é o relato autobiográfico de Deus da sua missão pessoal de resgate para restaurar um mundo perdido por meio de seu Filho. Cada verso contribui com essa mensagem.


A Bíblia não é discurso motivacional. É Boa Notícia.


Traduzido por Josais Jr | iPródigo
Fonte: http://iprodigo.com


terça-feira, 26 de julho de 2011

EXPERIMENTANDO MAIS DE CRISTO


EXPERIMENTANDO MAIS DE CRISTO



...até que Cristo seja formado em vós...Gal 4:19

Deus quer se formar em nós e não quer que nos guiemos por mais nada no mundo nem que sejamos movidos pelas circunstâncias. Seu plano de nos conquistar para Ele nos permite que estejamos no mundo, mas numa outra esfera, onde não podemos ser tocados pelas circunstâncias do mundo. O convite nos leva a uma outra região, quando cremos Deus envia a provisão para dentro de cada um. O Pai libera tudo em Cristo de forma inenarrável e o Senhor fazendo-nos entender que a circunstância não pode nos tocar independente do tamanho da tribulação ou seu grau de dificuldade. Desemprego, desilusões, brigas familiares...nada disso é maior.

Quando Paulo disse nada poderá nos separar do amor de Deus (Rom 8:39)Paulo já tinha experimentado de algumas coisas e já tinha experimentado de Cristo. A suficiência do Cordeiro se tornou maior que as dificuldades. Hoje vejo que não devemos nos preocupar em falar muitas coisas mas sim pedir ao Senhor para revelar mais, experimentar mais de Cristo. Confesso que particularmente preciso experimentar mais de Cristo. Ainda preciso crescer para que essas “outras coisas” não sejam importantes como acho que são. Eu preciso que o Senhor me convença que essas outras coisas não são mais importantes do que Ele é para mim, preciso ser convencido por Ele. Dependo do Senhor me convencer um pouco mais do que Ele é e já liberou e está dentro de mim, pois eu já cri. Às vezes a gente quer conhecer mais, mas não consegue agarrar o que conhece, tomar posse para nós.

É como a esposa que o rei tinha antes de Ester. O rei tinha dado toda a provisão para ela (esposa anterior a Ester), tudo que ela tinha era dele e vice-versa. Porém ela por estar recebendo tudo o que o rei tinha começou a fazer uma festa e esqueceu que tudo que havia conquistado era o rei que tinha dado a ela, mas ela desprezou o rei e ficou na festa.
Por vezes esquecemos que temos um Rei que está nos convidando a se alimentar, experimentar dEle, mas ainda nos prendemos aquilo que o Rei dá e esquecemos do próprio Rei.
O que aconteceu na história? O rei precisou excluir aquela esposa e escolher outra. Por vezes nos prendemos a algo mínimo e aquele pouco que temos foi Ele mesmo que liberou e que fora dEle não tem provisão, fora dEle não tem paz, não tem felicidade porque Ele é tudo isso.

Que Ele mesmo revele tudo isto para nós, que Ele é a nossa paz, nossa alegria. Que o Senhor nos ajude nesses dias a revelar isto para nós e que um dia possamos estar igual a viúva com o filho morto onde o profeta pergunta se está tudo bem e ela responde que sim. Aquela mulher tinha experimentado algo além dela, era o Senhor e é isso que precisamos experimentar também.
Precisamos que Jesus dê mais disto para nós, que convença-nos que mesmo no deserto Ele é todo nosso suprimento. Ele vai estar em cada momento nas situações mais estranhas possíveis te fazendo estar em paz, pois só nEle podemos estar bem onde não há nada em que nos segurar.

No Salmo 84:5,6 diz “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados...passando pelo vale de baca, faz dele um manancial” É uma passagem que nos identificamos muito, ela não tem coerência na razão humana pois é impossível para alguém sendo espremido ver que aquilo é uma benção! Jessie Penn-Lewis resume bem o contexto e explica bem o sentido da passagem:
“As palavras ‘Salmo dos filhos de Core’ são igualmente instrutivas, porque o termo ‘Coré’ é mais ou menos o equivalente da nossa palavra ‘Calvário’, o lugar da caveira. Espiritualmente, portanto, esses ‘filhos de Coré’ podem ser chamados de filhos da cruz. Alguns dos antigos liam assim essas palavras(...). Resumindo este ponto pode-se dizer que este Salmo foi escrito para uso dos ‘filhos da cruz’ que estão passando pelo lagar no vale de Baça.
Um salmo para o vale de Baça! Um Salmo para ser cantado no lagar! Só os ‘filhos da cruz’ podem cantar no lagar, pois só eles conhecem os segredos dos caminhos de Deus: que da morte surge a vida; do sofrimento alegria, alegria celestial; do nada, a própria plenitude de Deus.”


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Valorize o que Deus Colocou em Suas Mãos


Valorize o que Deus Colocou em Suas Mãos



EXODO 4.1,2


 Então respondeu Moisés, e disse: Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: O SENHOR não te apareceu.


E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua mão? E ele disse: Uma vara.


JOÃO 6.5-13


Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?


Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.


Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.


E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:


Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?


E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.


E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.


E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.


Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.


 


 Temos buscado em Deus soluções e estratégias para sermos bem sucedidos em nossa carreira cristã, familiar e profissional, especialmente em tempos turbulentos como os de hoje.


          A grande pergunta que fica do Senhor é: "Que tens em mãos?".


Há uma tendência humana de querer um milagre sem a nossa participação.


Este episódio era como que um treinamento contra esta tendência de esperar um milagre do céu sem nossa participação ou de buscar racionalmente uma solução que, humanamente, seria impossível de obter no momento.


O que temos em mãos hoje? O que Deus proveu hoje? Deus estava treinando Seus servos a confiarem plenamente Nele e a andarem no campo de Sua providência divina, se de fato fossem ser Seus cooperadores em Sua obra.

Ele também sabe que nossa tendência é apegarmo-nos a coisas visíveis e nas que nós mesmos geramos, no campo da lógica, no lugar de depender de Sua providência.


Somos tendenciosos a não valorizar o que Ele já providenciou no momento, pois nossa ótica carnal é totalmente diferente da divina.

Ele provê coisas pequenas para operar o milagre da multiplicação, mas sutilmente nós queremos as grandes, as que possamos administrar sem ser necessário Seu milagre.


Na passagem da multiplicação dos pães, vemos que Jesus já sabia o que fazer. Ele estava provando Seus discípulos. Ele disse: "Dai vós mesmos de comer!". Eles foram a Jesus e Jesus mostrou que a solução dependeria de eles valorizarem o que Ele já havia provido.

Jesus mandou-os suprirem a multidão. Ele estava treinando Seus discípulos a serem Seus colaboradores e, para isso, Jesus faria Sua parte, abençoando, mas eles deveriam fazer a parte deles, confiando e valorizando o que Deus já havia provido para o momento.


Cinco pães e dois peixinhos nada são diante da grande necessidade, é verdade, mas isso quando estão nas mãos dos homens. Quando foram transferidos das mãos deles para as do Mestre, Ele ministrou a bênção da multiplicação e todos foram supridos.

Por que somos tão infrutíferos e não saciamos as necessidades dos que estão ao nosso redor? Porque seguramos em nossas mãos o que Deus proveu e isso gera morte.


Pedimos que Ele faça milagres, mas nem sempre estamos dispostos a investir nas coisas que Ele colocou em nossas mãos.


Deus somente pode operar quando entregamos em Suas mãos o que Ele colocou primeiro em nossas mãos. Antes que Ele faça um novo milagre, Ele quer multiplicar em vida o que hoje é morte porque ainda ignoramos e seguramos.             
O SEGUNDO EXEMPLO

Com Moisés, Deus manifestou o mesmo princípio. No lugar de clamar a Deus por milagres, ele deveria tocar com o bastão que estava em suas mãos e o Mar Vermelho se abriria.


Como disse Martin Luther King: "Esperar que Deus faça tudo enquanto o homem não faz nada, isso não é fé, mas superstição". Nós impedimos a bênção de Deus quando não valorizamos o que Ele já proveu.            

DOIS EXTREMOS


Normalmente somos levados a dois extremos:


  1. ou lutamos com nossas forças para fazer as coisas, sem dependermos Dele,




  2. ou esperamos negligentemente que Ele faça tudo, sem nos movermos.




Nestes dois extremos, o inimigo sempre nos induzirá a ficarmos ofendidos por acharmos que Deus não está sendo justo em não nos socorrer; parece que Ele nos desamparou.

 Mas, na verdade, Ele está procurando nos treinar no caminho do companheirismo vivo e eficaz de sermos Seus colaboradores conforme Seus princípios.


Por que você acha que Deus deve prover nossas necessidades? E o que temos feito com o que Ele já nos supriu? Deve ficar claro para nós que a provisão do Senhor sempre anda alinhada ao Seu soberano propósito.

Deus nos ama, mas quer nos livrar da vida egoísta. Ele nos ama, mas odeia nosso pecado de querermos nos relacionar com Ele para termos benefícios próprios.


Ele nos ama e deseja que O amemos ao ponto de valorizarmos somente o que de fato merece real valor, ou seja, as coisas que estão sustentadas pela verdade e que Deus, nosso provedor, nos destinou.
Ele não é tirano, não quer nos manipular, mas também não é irresponsável para suprir-nos ao ponto de nos deixar deslizar pelo caminho dos tolos que amam a vaidade e cultivam falsa felicidade que conduz à perdição.             

O povo de Deus crucificou Jesus, o Messias, porque idealizaram um Messias que corresponderia à vida egoísta e religiosa que levavam.


Quantas coisas Ele proveu como o melhor para nós e nós as crucificamos?

 Olhe ao seu redor. O que Deus entregou em suas mãos para colaborar com Ele?


Com nosso orgulho e ambição facilmente matamos tudo que está ao nosso redor. Não matemos o que Deus nos confiou, mas coloquemo-lo confiantemente nas mãos do Mestre diariamente para que sejam transformadas em milagres e vida aos que estão ao nosso redor.            

Deus escolheu um Davi franzino, e sua família e seu povo o ignorou. O povo rejeitou Moisés, os profetas, os apóstolos, o próprio Criador.


À semelhança da igreja em Corinto, que rejeitou Paulo, o apóstolo que Deus proveu, queremos líderes e irmãos perfeitos e rejeitamos os que Ele nos deu, e isso mostra o quanto somos rebeldes e não buscamos sujeição a Ele nem relacionamento com os santos à maneira de Deus, mas sim anarquia e ambiente para satisfazer nosso egoísmo.            

A verdade é que se desejamos de fato construir uma vida cristã saudável, um relacionamento saudável, uma família saudável, um ministério frutífero, teremos de nos acertar diretamente com Deus no tocante a reconhecer e valorizar o que Ele colocou em nossas mãos, pois somente administrando adequadamente o que Ele nos confiou é que poderemos avançar para coisas maiores.


 "Quem é fiel no pouco também será no muito e quem é infiel no mínimo também o será no muito."            

Esse é um dos principais motivos por que encontramos cristãos em depressão, isolados, moribundos, divididos com outros, amargurados, porque não valorizam as pessoas que Deus colocou ao seu redor.

Esse é o motivo por que também há tantos que buscam casarem-se e ainda estão solteiros, porque ambicionam alguém perfeito aos seus olhos egoístas e desprezam os que Deus proveu.


Esse é um dos motivos por que fracassamos na vida profissional, no ministério, na edificação da igreja e em tantas outras coisas, porque almejamos coisas melhores, em detrimento da vontade de Deus, quando desprezamos o que Ele já proveu, as que, quase sempre, são coisas humildes, pequenas aos nossos olhos entenebrecidos.


Que venhamos hoje nos render ao Senhor e procurar honrá-Lo valorizando o que Ele já nos proveu e nos arrepender por menosprezá-lo.


Peçamos a Ele para nos ajudar a exercitar fé na Sua providência divina, transferindo para Suas mãos nossos cinco pães e dois peixes e buscar Sua bênção de multiplicação em tudo que está ao nosso redor.


Valorizemos as pessoas que Ele nos deu, os irmãos, a casa, os bens, etc., e aí sim abriremos caminho para Ele ampliar nossas conquistas segundo Sua vontade.


Nossa “ambição” deve ser cumprir os propósitos de Deus através de nossas vidas e do que Ele colocou em nossas mãos. Essa é nossa missão.


Se buscarmos nosso sucesso, virá o fracasso. Se buscarmos cumprir os propósitos de Deus, seremos Seus colaboradores, e isso é sucesso e privilégio imerecido.

Se andarmos em Seus caminhos, Ele nos sustentará, mesmo com lutas.            


O que Deus colocou em suas mãos? Gérson Lima 


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Voltando ao Evangelho do Reino


Voltando ao Evangelho do Reino



Amados irmãos no Senhor:


Nos últimos anos Deus está chamando muitos de Seus filhos para se voltarem ao ministério principal da Igreja: o ministério da Palavra. Entre estes há uma grande insatisfação quanto ao estilo de vida cristã que estão vivendo e à lamentável situação da Igreja como um todo. No entanto, nosso amado Pai quer que entendamos que essa insatisfação é o ecoar da insatisfação do Seu coração, reproduzido pelo Espírito Santo em nós, para que nos voltemos para Ele.


O Senhor prometeu que edificaria Sua Igreja sobre a revelação de Sua pessoa e obra e que, firmada na rocha inabalável que é Cristo, as portas do Hades não prevaleceriam contra ela (Mt 16.18). Para os seguidores do Senhor, esse era o segredo da vida da Igreja. A Igreja perseverava na doutrina dos apóstolos porque essa doutrina era a revelação de Cristo pela palavra: “E todos os dias... não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” (At 5.42). Assim, a vida da Igreja era a reprodução da revelação de Cristo que recebiam.


Antes, alguns eram do judaísmo, depois vieram os das religiões gentílicas, de modo que havia muitas tradições religiosas e opiniões diferentes. No entanto, porque se sujeitaram à autoridade da Palavra de Deus, então a Igreja era edificada sobre o sólido fundamento da revelação de Cristo e Sua obra. Eles deixaram suas opiniões de lado e perseveraram no que Deus diz pela Palavra. Por consequência, eles também perseveravam na comunhão, no partir do pão, nas orações e tudo lhes era em comum (At 2.42-44). Enquanto as opiniões e religiosidade produzem divisões, a revelação de Cristo na palavra produz vida, unidade e edificação.


Assim como Deus criou os céus e a Terra pela Palavra do Seu poder (Hb 11.3), a Igreja também é resultado dessa mesma Palavra. E assim como não haveria Universo sem Deus ter soprado Sua Palavra criativa, igualmente Deus quer que entendamos que não pode haver Sua obra entre Seu povo sem que Sua Palavra seja soprada. A obra de Deus se inicia quando Sua Palavra começa a ser proclamada. Não havendo Sua Palavra não há Sua obra. Em contrapartida, a estratégia de Satanás é anular a Palavra de Deus para que a Igreja deixe de ser a obra de Deus e seja a expressão das tradições religiosas, firmada em opiniões humanas e estruturas humanas. Quando os fundamentos são os da Palavra, então a Igreja se torna o testemunho de Deus, o corpo de Cristo. Caso contrário, mesmo que usemos partes da Palavra de Deus escrita, ela se torna o testemunho de sistemas humanos e ministérios individuais. Se vivemos para sermos cooperadores de Deus, devemos averiguar se os fundamentos de nossa fé e da Igreja são, de fato, os fundamentos da Palavra de Deus ou opiniões humanas.



Uma vez que Deus criou o Universo pela Palavra, Ele o sustenta por esta mesma Palavra (Hb 1.3). É por esta Palavra que Ele mantém a ordem no Universo. Logo, o Universo é um milagre da Palavra de Deus. Por isso, somente Sua Palavra tem o poder para mantê-lo. É a Palavra quem coordena todas as engrenagens deste complexo Universo, segundo as leis de cada ser criado, e os faz girar harmoniosamente em torno de Si. Se Deus retirar Sua Palavra, o Universo entraria em colapso e se auto desintegraria.


Esse é o motivo pelo qual o povo de Deus está fracionado em muitas partes que passaram a girar em torno de si mesmas. Não que Deus tenha anulado Sua Palavra, mas sim que, com a falta de ministros da Palavra com revelação, a vida da Igreja passou a ser produto de tentativas humanas. Devemos entender que a obra da criação e a ordem do Universo são apenas figuras da obra espiritual de Deus. Se o que temos como obra de Deus, ministério e vida da Igreja não nasceu da Palavra e não é sustentado por Sua revelação, então, lamentavelmente, estamos em nossa obra, não na de Deus.


Ao longo dos anos Deus tem restaurado gradativamente o ministério da Palavra entre Seu povo. Deus está trazendo Seu povo de volta ao Seu propósito eterno em Cristo (Ef 3.11). Seu propósito é reunir todas as coisas em Cristo (Ef 1.9, 10), a fim de que Ele seja cabeça sobre todas as coisas, primeiramente e através da Igreja (1.22-23).


Os céus têm impedido que Jesus volte até que todas as coisas sejam restauradas (At 3.19-21). Onde quer que Deus encontre pessoas que O amem sobre todas as coisas e estejam dispostas a viverem exclusivamente para que Seu propósito seja cumprido, Ele encontra caminho para que Sua obra de restauração avance. E o elemento essencial para esse avanço é a proclamação da Sua pura Palavra, pelo ministério da Palavra.


Na história da Igreja vemos que Deus encontrou servos fiéis que se entregaram totalmente a Ele neste chamamento e, por eles, Sua obra avançou e chegou até essa geração. Agora, Deus nos convida para cooperarmos com o avanço de Sua obra nesta etapa final em que vivemos.


Deus está nos chamando para a comunhão do Espírito Santo em torno de Seu Filho, pela Palavra, e, nesta base, unindo-nos para considerá-Lo em Sua Palavra de forma mais profunda. Nesta comunhão, Ele nos capacita para o ministério da Palavra, alistando-nos, a todos, na escola do Espírito, para que Sua obra avance. Deus deu à Igreja o ministério da Palavra para capacitar os santos a fim de que exerçam seus ministérios, para que o corpo de Cristo seja edificado (Ef 4.11-16). Se exercermos responsabilidade espiritual entre os santos e não somos homens da Palavra, então estamos fadados ao fracasso. E se os que hoje ministram a Palavra entre nós não capacitam a outros para o ministério da Palavra e os santos para a edificação do corpo, então temos perdido a missão singular do ministério.


Que os que exercem responsabilidade espiritual na Igreja possam ser como os Seus servos no princípio:


(1) não abandonar a Palavra de Deus para servir às mesas;


(2) promover outros irmãos para os serviços práticos; e assim, desembaraçados,


(3) se consagrarem totalmente à oração e ao ministério da Palavra. Neste encargo, certamente Deus fará com que Sua Palavra cresça e em muitas partes se multiplique o número de Seus discípulos (não apenas crentes) que cooperem com a edificação do corpo de Cristo e que líderes do cristianismo obedeçam à fé (At 6.1-7).


Que possamos ouvir Seu chamamento.


 


“Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada” (II Ts 3.1).


 


Pelos interesses de Cristo, na comunhão do corpo,


Seu irmão e conservo,


Gerson Lima


 


segunda-feira, 11 de julho de 2011

O que é a Igreja?


O que é a Igreja? 



Esta é uma pergunta que com muita frequência tem sido levantada por muitos entre o povo que professa o nome do Senhor. Alguns perguntam com sinceridade, com verdadeiro desejo de receber do Senhor luz e entendimento. Outros a fazem, e infelizmente, não diante de Deus. Fazem-na apenas buscando oferecer as respostas que mais satisfazem seus próprios corações e suas próprias cobiças. E daí, a cada ano, década e mesmo a cada século que tem passado, vemos uma situação tão caótica e com grande afastamento do propósito original de Deus em Cristo Jesus para a Sua Igreja.


Que loucura o que vemos hoje no meio da chamada cristandade! Quanta edificação de um nome que não o do Senhor. Nos faz lembrar o desejo e a expressão proclamada antes de Babel: ”…eia, edifiquemos uma cidade e uma torre…e tornemos célebres o nosso nome”. E a consequência foi a confusão de línguas! Quanto desejo de edificação de “domínios”, “impérios”  e tudo em nome de Cristo. Muitas coisas feitas de uma forma que até mesmo o mundo se escandaliza. E no entanto, tudo isso tem sido chamado de “igreja”.


Deixo abaixo com você o artigo de Austin Sparks que li hoje pela manhã onde ele dá uma resposta a essa pergunta. É certo que esta não é uma resposta completa, mas certamente ela mostra algo que está no coração de Deus.


Que o Senhor possa iluminar os olhos do nosso entendimento e que sejamos encontrados por Ele edificando aquilo que permanecerá diante DEle.


No amor do Senhor.


BP


ARTIGO


O que é a igreja? O pensamento de Deus não é o Cristianismo; não é o de ter igrejas como centros organizados do Cristianismo; não é a propagação do ensino e empreendimento cristãos. O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada “Igreja”, e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.


 Vocês percebem que a Palavra de Deus diz isto. Vejam novamente Cl 3:11: “no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. Eles têm se revestido “do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. Observem atentamente estas palavras e vocês entenderão que este é o homem corporativo, a Igreja, o Corpo de Cristo, “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1:23). E ali, naquele homem corporativo, não pode haver grego ou judeu. Note as palavras. Não diz que gregos e judeus se unem em uma abençoada comunhão. Não, não há nacionalidades na igreja; temos nos livrado de todas as nacionalidades, e agora temos um novo homem espiritual, uma nova criação, onde não pode haver grego, judeu, escravo, livre. Todas as distinções terrenas se foram para sempre – é um novo homem. O braço direito não é um judeu e o braço esquerdo um grego!

Não, isto passou. Nesta Igreja há apenas um novo homem – não uma combinação onde anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais e todo o resto se juntam e esquecem suas diferenças por um tempo; isto não é a Igreja. Na Igreja estas diferenças não são meramente cobertas por um tempo – elas não existem. Há um Corpo, um Espírito. A Igreja é isto, “Cristo é tudo em todos”. Tenha isto e tem-se a Igreja. Chamar qualquer outra coisa de Igreja e deixar isto de fora é uma contradição. Testem-na através disto.

Se é verdade que a vida cristã conforme o pensamento e a mente de Deus é somente isto, “Cristo, tudo em todos”, então somos eu e você verdadeiros cristãos? Pois temos visto que mediante a cruz nós desaparecemos para dar lugar para o Senhor Jesus. Agora, se professamos ter vindo pelo caminho do Calvário até o Senhor, a implicação é que desaparecemos por intermédio desta cruz, para que Cristo seja tudo em todos.


O que pensar? Queremos nós um pedacinho do mundo? Nós ainda voluntariamente nos apegamos a esta ou aquela coisa fora do Senhor, porque o Senhor Jesus não tem nos satisfeito plenamente e precisamos ter um contrapeso? Um cristão mundano é uma contradição de termos. Ter um pouquinho de algo fora de Cristo é negar o Calvário e permanecer diretamente em oposição ao eterno propósito de Deus referente a Cristo. Você assume esta responsabilidade? Deus determinou isto desde toda a eternidade no referente a Seu Filho. Podemos nós professar pertencer ao Senhor Jesus e ao mesmo tempo ainda não ser verdade que Ele é tudo em todos para nós? Se podemos, há algo errado, há uma negação, uma contradição. Estamos nos opondo ao pensamento e propósito de Deus. É verdade que Ele é tudo em todos? Ele será isto se tomarmos todo o caminho.

Oh! Estas sugestões sutis que estão sempre sendo sussurradas em nossos ouvidos, que se desistirmos disto ou daquilo iremos nos arruinar, e a vida será mais pobre, e seremos reduzidos até que nada tenha restado. É uma mentira! É isto que contrapõe o grande pensamento de Deus sobre nós. O pensamento de Deus sobre nós é que alguém, nada menos que Seu Filho, Jesus Cristo, em Quem toda a plenitude da divindade habita em forma corpórea, seja a nossa plenitude. Toda a plenitude de Deus em Cristo para nós! Você nunca obterá isto ao rejeitá-lo. A vida será muito menos do que precisa ser se você não for até o fim com o Senhor. E o que se obtém em matéria de nossa consagração ao Senhor, nosso inteiro e completo abandono a Ele em nossa vida, nosso deixar completamente tudo que não é do Senhor, isto se obtém no domínio do serviço. Esta carne ama se jactar na obra cristã, e nos diz que se passarmos a ser dependentes do Senhor nós passaremos a ter um tempo de ansiedade. Mas uma vida de dependência de Deus pode ser uma vida de contínuo romance. É ali que fazemos descobertas que são constantes maravilhas.


Você pode estar quase morto num minuto e no seguinte o Senhor lhe dá algo para fazer e você fica muito vivo, dependendo dele para cada respiração sua. Assim você vem a conhecer o Senhor. Mas, depois daquela experiência, você se torna de novo inútil e morto por um tempo, contudo você se lembra de que o Senhor fez algo. Então Ele faz de novo; e a vida se torna um romance. Ninguém pensaria que você estava dependendo do Senhor para sua própria respiração. É algo muito abençoado saber que o Senhor está fazendo isto, quando você não pode fazê-lo de jeito nenhum – é humana e naturalmente impossível, mas o Senhor o está fazendo!

Prossigamos, amados, no assunto da Igreja. Apliquem o teste. Não estou falando com julgamento ou censura, nem tenciono discriminar num sentido errado, mas deixe-me ser fiel – para nós, nossa comunhão deve estar onde o Senhor Jesus é mais honrado. Nossa comunhão deve estar onde Deus tem o que é seu mais plenamente, onde Cristo é tudo em todos. Nós não podemos estar presos por tradições, por coisas que levantam um clamor e assumem uma denominação. Onde o Senhor é mais honrado, aí é onde nossos corações devem estar; onde tudo o mais é feito subserviente a apenas isto: “Cristo, tudo em todos”. Este é o pensamento de Deus sobre a Igreja, e este deve ser o lugar aonde nossos corações gravitam. O lugar onde Deus vai registrar Seu testemunho e trazer o impacto deste testemunho sobre outros será encontrado onde o Senhor Jesus é mais honrado. E vocês perceberão que onde houver pessoas famintas vocês terão oportunidade de ministério se vocês estiverem completamente em acordo com o propósito de Deus referente a Seu Filho.


Extraído do site com o seguinte link:


http://www.austin-sparks.net/portugues/000571.html


Remindo o tempo: Contando os nossos dias diante do Senhor


Remindo o tempo: Contando os nossos dias diante do Senhor



“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor”. (Efésios 5:15-17).


(Versão Almeida Revista e Atualizada)


Na postagem anterior vimos um dos aspectos importantes na questão de remir o tempo: as prioridades da nossa vida. Em complemento, segue agora um outro aspecto a ser considerado:


Contando os nossos dias diante do Senhor


Ao pensarmos em remir o nosso tempo, o segundo ponto importante é sabermos contar bem os nossos dias diante de Deus. Quando Moisés estava no final de sua vida, ele fez uma oração importantíssima: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal modo que alcancemos corações sábios" (Salmos 90:12).


Essa é uma oração também importante para nós. Moisés era alguém que tinha muita intimidade com o Senhor. A Escritura diz que o Senhor falava com Moisés como a um amigo, face a face. Mesmo assim, Moisés estava pedindo sabedoria. Se Moisés pediu, quanto mais nós precisamos pedir sabedoria para contar os nossos dias.


A Palavra de Deus, principalmente no Antigo Testamento, tem muitos exemplos de Deus contando os dias do povo de Israel, e também há exemplos de dias e anos perdidos por Israel, os quais não foram contabilizados por Deus.


Pode ser que muitas vezes, os nossos dias, os nossos anos, não estejam sendo contados pelo Senhor. Se você ainda não teve um encontro com o Senhor Jesus, saiba que, espiritualmente, você não tem nenhum dia na presença do Senhor. É necessário que você se arrependa, creia no Senhor Jesus e o confesse como Senhor, e então Ele vai te salvar, e algo espiritual, algo maravilhoso, acontecerá com você: você nascerá de novo, e terá o seu primeiro dia de vida diante de Deus!


Às vezes nós passamos muitos anos caminhando com o Senhor. Alguns de nós nascemos de novo faz vinte, trinta ou cinqüenta anos. Mas isso não significa que todos esses anos foram contados diante do Senhor. Às vezes, os nossos dias, nossos anos, têm sido consumidos por coisas que não agradam ao Senhor e não foram vividos na presença do Senhor, não foram vividos na ordem que Deus estabeleceu. Necessitamos nos voltar para o Senhor, e fazer esta oração que Moisés fez: "Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio".


A figura do gafanhoto


Quero citar um versículo do livro de Joel. Há uma promessa de Deus ali. Talvez Deus possa falar ao seu coração da mesma maneira que falou comigo através deste versículo. Como disse no começo, freqüentemente o Senhor falou comigo me exortando, tanto animando-me, como advertindo-me. E este é um caso; é uma promessa do Senhor ao seu povo: "Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros" (Joel 2:25).


Esta é uma promessa do Senhor. O povo de Deus tinha vivido longe da vontade do Senhor, e por essa razão esses anos haviam sido consumidos, haviam sido perdidos. Mas agora o Senhor está prometendo-lhes que restituiria os anos que haviam sido consumidos.


Às vezes nós olhamos para trás, depois de algum tempo seguindo ao Senhor, e nos sentimos frustrados, porque parece que muitas coisas não valeram a pena; parece que perdemos muito tempo com tantas coisas, e não tivemos as prioridades de Deus bem fortes em nosso coração; parece que aquele tempo foi consumido, que não teve nenhum valor.


O Senhor promete que vai nos restituir esses anos. Talvez tenhamos perdido muito tempo até aqui, mas o Senhor está nos prometendo que ele vai restituir esses anos. Ele pode fazer tudo novo para nós outra vez. Esta palavra é maravilhosa, e gostaria de deixar-lhes esta palavra de encorajamento.


O Senhor vai restituir os anos perdidos. Não importa quantos anos foram perdidos, há esperança para todos nós! O Senhor é maravilhoso. Ele é um Pai bondoso, e pode nos dar novamente esse tempo, pode restaurar esse tempo perdido. Nosso Deus é um Deus de oportunidades. Talvez agora possamos olhar para o Senhor, e Ele pode nos dar uma nova oportunidade e restituir os anos que foram consumidos.


Aqui em Joel está dizendo que os anos do povo de Deus foram consumidos pelo gafanhoto. Essa foi uma disciplina de Deus. No Antigo Testamento, no livro de Deuteronômio, o Senhor disse que quando o povo não estivesse vivendo de acordo com a sua vontade, quando o povo deixasse o Senhor de lado, e não fizessem de acordo com aquilo que Deus tinha ordenado, Deus ia permitir que o gafanhoto consumisse todo o seu trabalho.


Neste caso, o Senhor está dizendo agora que se nos voltarmos para ele, ele vai restituir os anos que foram consumidos pelo gafanhoto. Talvez neste momento, cada um de nós diante do Senhor precisa perguntar o que tem sido o gafanhoto em nossa vida. O Senhor, por seu Espírito, pode dar luz aos nossos corações e nos mostrar o que tem sido esse gafanhoto. Talvez seja uma vida muito ocupada, que não tem tempo para buscar o Senhor, ou o esfriamento do nosso coração, ou a desobediência do nosso coração. O Espírito de Deus pode falar com cada um de nós, pode iluminar os nossos corações e nos mostrar qual é o gafanhoto.


O gafanhoto pode consumir os nossos anos diante de Deus, e pode devorar todo o fruto do nosso trabalho. Então, é importante que venhamos diante de Deus e que o Senhor nos mostre, que abra o nosso entendimento e nos faça ver o que é que tem sido o gafanhoto em nossas vidas, para que os nossos dias sejam contados na presença do Senhor, para que possamos dizer como Paulo no final da sua vida: "combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2ª Tim 4:7).


Paulo completou a sua carreira porque certamente os seus anos foram contados diante de Deus. Se não fosse assim, a sua carreira não teria sido completada. Mas, graças a Deus, ele pôde dar esse testemunho de que completou a sua carreira. Nós temos o testemunho de Paulo que Deus é fiel, e Deus pode fazer que completemos a nossa carreira também.


Mas se os nossos anos foram consumidos pelo gafanhoto, não será fácil completar a nossa carreira. Pelo contrário, pode ser que não a completemos, e isso seria uma coisa terrível diante do Senhor. Mas, graças a Deus pela bondade de Deus; uma e outra vez Ele fala por seu amor para conosco. Ele nos chama a atenção como um Pai bondoso, nos mostra qual é o caminho que devemos seguir. O Senhor me mostrou muitos gafanhotos em minha vida. Graças a Deus, Ele é poderoso e bondoso para restituir-nos os anos que foram consumidos.


Alimentando-nos de gafanhotos


Há uma pessoa muito importante no Novo Testamento que viveu na vitória de Deus. É João Batista. Vocês se lembram qual era a comida de João Batista? Gafanhotos! Este é um testemunho maravilhoso do Espírito Santo em Sua Palavra. Aquelas coisas que podem fazer consumir os nossos anos são as mesmas coisas que podem também nos levar a contar os nossos dias diante de Deus e podem nos fortalecer no Senhor. João Batista se alimentava de gafanhotos. Os “gafanhotos” não consumiram os seus anos, mas ele se alimentava deles.


Muitas vezes as tribulações, as aflições da nossa vida, os problemas entre irmãos, os problemas na família, os problemas de saúde, os problemas financeiros e toda sorte de coisas, podem estar consumindo os nossos anos. Mas, se formos diante do Senhor, todas essas coisas vão nos fazer mais sábios e vão nos levar a contar os nossos dias diante de Deus. Vão nos fortalecer diante do Senhor, e Ele vai usar isso como uma comida para nós.


Quando lembramos do povo de Deus que saiu do Egito para entrar em Canaã, o testemunho deles antes de entrar era que aquelas pessoas em Canaã eram gigantes, e eles se sentiam como gafanhotos. Então o povo murmurou diante de Deus. Mas duas pessoas, Josué e Calebe, proclamaram que o Senhor estava com eles, e porque o Senhor estava com eles aqueles gigantes seriam como pão para eles.


Eu creio que não foi em vão que o Senhor, pelo Espírito Santo, tenha registrado que João Batista se alimentasse de gafanhotos. João Batista tem um testemunho diante de Deus, e uma das coisas maravilhosas na vida do profeta é que ele era um naziereu, uma pessoa consagrada ao Senhor. E como vocês se lembram, um nazireu não podia cortar o seu cabelo, não podia tocar em coisas mortas e também não podia tomar vinho.


Esta é uma situação importante para nós. Quando nós queremos comer os gafanhotos, quando queremos contar os nossos dias, precisamos nos consagrar ao Senhor, como um nazireu. Ter os nossos cabelos crescidos, não fisicamente, mas espiritualmente, significa negar-nos a nós mesmos, tomar a cruz e seguir ao Senhor, dia a dia.


Não é que o vinho, que alegra o coração do homem, seja pecaminoso. Nós podemos tomar vinho. Mas aqui, espiritualmente, é uma figura de que muitas vezes, por amor ao Senhor, deixamos de lado algumas coisas que são boas, para nos dedicar a Ele.


Outra coisa que um nazireu fazia era não tocar em coisas mortas. Espiritualmente, isto nos fala que também não devemos tocar as coisas que aos olhos do Senhor são mortas. Precisamos estar diante de Deus em consagração, e Ele é quem pode nos ajudar, porque em nós mesmos não temos forças. Mas com a ajuda do Senhor, por Seu Espírito, podemos ir adiante e rogar-lhe que nos ajude a contar os nossos dias, e assim os nossos dias serão contabilizados pelo Senhor.


O Senhor tem-nos dito, então, que devemos remir o nosso tempo. Que Ele nos ajude, que Ele nos fale ao coração, para que possamos remir o nosso tempo nestes dias tão maus, e correr a nossa carreira de forma que agrade ao nosso Pai, de forma que traga glória ao Senhor, e quando chegarmos diante dEle possamos ouvir aquela frase maravilhosa: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei; entra no gozo do seu Senhor".


Que o Senhor nos abençoe. Amém.


No Seu amor,


BP






AS EXPECTATIVAS


AS EXPECTATIVAS




Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?Salmo 77:8


Outra coisa que mexe muito com nossa comunhão é nossa expectativa com Deus. Geralmente somos muito desconfiados de Deus. Eu fico vendo alguns exemplos bíblicos muito claros. O filho mais novo da parábola do filho pródigo, o que ele pensa antes de voltar para casa? “Vou pedir para o meu pai para voltar como um dos seus empregados”(Luc 15:19). Ele era filho, se ele voltasse na condição que imaginou não era o perdão do pai, era o perdão dele, a expectativa dele era que o pai o perdoaria como ele perdoaria se a situação fosse oposta.
Geralmente esperamos do próximo a atitude que nós tomaríamos naquela posição. Isto é motivo tanto para nos decepcionarmos, mas como também subestimarmos e neste último caso principalmente subestimarmos o amor divino. Com o ser humano já é errado fazer isto, mas com Deus é o cúmulo da idiotice (que por sinal eu faço).
Nós vamos nos decepcionando e/ou passando pela escola do Senhore vamos vendo a realidade dos nossos corações. Asafe é um bom exemplo, zeloso servo do Senhor chegou ao esgotamento como é declarado em alguns dos seus salmos: “em vão tenho purificado meu coração”Salmo 73:13. Ele mesmo declara seu fatalismo Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?”Salmo 77:8. Asafe queria servir a Deus na sua força, porém Deus não aceita isto e também por este caminho é impossível alcançar o sucesso na obra. George Muller recusado no exército na sua juventude por questões físicas terminou sua vida viajando o mundo inteiro de barco, pregando mais de 300/cultos ano, lendo a Bíblia inteira mais de 5vezes/ano e quando perguntado sobre o sucesso do seu ministério disse: “veio um dia em que eu morri, morri completamentemorri para George Muller, suas opiniões, preferências, gostos e vontade; morri para o mundo – sua aprovação ou censura; morri para a censura ou aprovação até dos meus irmãos e amigos e, desde aquele dia, tenho-me esforçado somente para me apresentar diante de Deus aprovado.” É muito claro hoje quando alguém faz algo na sua força ou na de Deus, Paulo declara sobre seu ministério: “..antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.”I Cor 15:10b. Quando se faz na força de Asafe o resultado é sempre igual ao de Asafe: esgotamento, fatalismo e consequente fracasso. Na força de Paulo o resultado é sempre o mesmo “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada...”II Tim 4:8
Outro exemplo bíblico clássico é o de Pedro, ele disse para Jesus: “o Senhor não pode lavar meus pés”Jo 13:8. Pedro mensurava que se estivesse na posição de Deus, na posição de todo poderoso nunca lavaria os pés de alguém menor que ele próprio, ele (erroneamente) transferiu para Jesus a atitude que ele mesmo teria se fosse o próprio Messias! Ele pegou Deus e construiu na mente um modelo de como Deus deveria ser, baseado em seus conceitos, em seus limites de amor, de humildade, de solidariedade.
É incrível que isto não seja exclusivo de Pedro, como eu mesmo faço isto constantemente, como por vezes é difícil entender que Deus nos ama, que está muito feliz de nos ter salvo, independente do que façamos. Para entender um pouco do coração de Jesus vamos ver Isaías 42:3.


A cana trilhada não quebraránem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça.
Naquela época as crianças gostavam de sentar-se às margens dos rios e tirar o miolo das canas, a fim de fazer flautinhas musicais, se errassem na confecção elas desprezavam no rio a cana e tentavam de novo com outro pedaço de tantos que havia na margem do rio. Como disse Malcom Smith:
Cristo se caracteriza como a Pessoa que nunca jogaria fora aqueles que fossem esmagados no próprio manuseio.


As casas dos israelitas da época do AT eram iluminadas por lamparinas com óleo como combustível da luz. Se o óleo da lamparina acabasse o mau cheiro do linho do pavio queimado causaria náusea e era jogado fora. Malcom Smith também responde a esta questão:
Isaías disse que Jesus, quando viesse, não apagaria a torcida que fumega. Ele não se livraria daqueles que se viram queimados pela vida. 
O pavio(torcida) inutilizado jamais seria descartado pelo Senhor. Aquilo que é descartado pelo homem é convidado para as bodas do Cordeiro. Bota o manto da honra, o anel que indica que você é da família e a sandália que mostra sua nobreza. Apesar das atitudes contrárias aos olhos de Deus (e não aos nossos) é assim que Deus trata seus pavios apagados que dão náusea e suas canas quebradas. Se eu fosse o pai do filho pródigo certamente teria uma atitude mais farisaica, porém esta é a minha expectativa e não a de Deus, Ele é amor.
Que possamos tomar cuidado em como vemos Deus, que não tenhamos a expectativa que Ele terá uma atitude conforme a nossa mente e que possamos enxergá-Lo como Ele é de fato.
Encerro com um texto de Brennan Manning, duríssimo, mas de uma verdade absoluta.
Que todas as suas expectativas se frustrem, todos os seus planos
fracassem, todos os seus desejos dêem em nada, para que você
experimente a fragilidade e a humildade de uma criança e cante
e dance no amor de Deus, que é Pai, Filho e Espírito. E hoje,
no planeta Terra, que você possa experimentar a maravilha e
a beleza de si mesmo como filho de Aba e como templo do
Espírito Santo, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.




 


UM CORAÇÃO DE ADORADOR

UM CORAÇÃO DE ADORADOR



E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Mat 5:8
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Mat 5:3


Há um tempo atrás estudamos o que é adoração. Hoje gostaria que olhássemos não para o conceito mas sim para o coração, como é o coração daquele que adora o Senhor??
No sermão da montanha a primeira observação do Senhro Jesus foi interessante:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Mat 5:3
A primeira coisa que o Senhor colocou no sermão foi sobre nosso estado em espírito - pobres - se olharmos o significado original do que Jesus disse a palavra torna-se muito elucidante:
"é aquele que se abaixa, se agacha...muito pobres, na miséria, indigentes"
O convite de Deus começa em termos um coração mendicante, pobre em nós mesmos para receber a riqueza celeste. O adorador é alguém que sabe que não vale nada e que tudo provém da esmola divina lançada até ele. Vemos a lição dita por Jesus diretamente ligada com o sentido real da palavra adoração:

adoração: como o cachorro que lambe as mãos do dono, prostar-se

Vemos que a primeira lição de Jesus no sermão da montanha relaciona-se diretamente com adoração, mas como??? Se olharmos as passagens em que as pessoas adoraram o Senhor vamos ver que estes foram pedintes, necessitados, pessoas que sabiam que eram incapazes, que as soluções de suas angústias só se resolveriam com uma Força além das suas forças. Vemos o coração mendigo diante da graça divina. Tem uma história que apesar de não conter a palavra adoração tem todo o conceito de adoração: a cura do servo centurião. Neste caso a resposta sobre Jesus querer ir curar seu servo é uma das (se não for a mais) esclarecedora e linda passagem sobre o coração de um adorador:
E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Mat 5:8
Os dois movimentos do coração do adorador se encontram nesta bela resposta
não sou digno - reflete o reconhecimento da nossa incapacidade
mas dize somente uma palavra - reflete o reconhecimento da soberania divina.

sábado, 9 de julho de 2011

VIGIANDO NOSSA INTENÇÃO


VIGIANDO NOSSA INTENÇÃO



Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas (coração), para que possa ler até quem passa correndo. Hb.2.1,2
Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei, eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão...Jr. 31. 33,34


O anseio de Deus é que nós conheçamos qual a vontade do nosso coração. Fazemos as coisas para o propósito eterno de Deus ou para nossa vida terrena?


Sabemos que o livro de Obadias é todo dedicado contra Edom, que era filho de Esaú, irmão de Jacó.
Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Temos ouvido as novas do Senhor, e às nações foi enviado um mensageiro que disse: Levantai-vos, e levantem-nos contra Edom, para a guerra. Eis que te fiz pequeno entre as nações, tu és mui desprezado. A soberba do teu coração te enganou...Ob. 1-3


De novo vemos a palavra CORAÇÃO.
Esaú irmão de Jacó tinha ciúmes dele devido a benção que Deus deu a Jacó. E Edom vingava Israel através da violência, orgulho e justiça própria.
Em Ob. 6-a, Deus diz duas frases exclamativas: “Como foram rebuscados os bens de Esaú!” 


A resposta vem a seguir nos versos 10-14 – “ Por causa da violência feito a teu irmão do Jacó, cobrir-te á a vergonha, e serás exterminado para sempre. No dia em que, estando tu presente, estranhos lhe levaram os bens, e estrangeiros lhe entraram pelas portas e deitaram sortes sobre Jerusalém, tu mesmo era um deles. Mas tu não devia ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade, nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína, nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia.”Ou seja da mesma maneira que a casa de Edom fez com a casa de Israel, Deus faria com eles conforme Ezequiel 25. 12,13 – “ Assim diz o Senhor Deus: Visto que Edom se houve vingativamente para com a casa de Judá e se fez culpadíssimo, quando se vingou dela, assim diz o Senhor Deus: Também estenderei a mão contra Edom e eliminarei dele homens e animais, torná-lo-ei deserto, e desde Tema até Deda cairão à espada.”



Ob. 6-b, “Como foram esquadrinhados os seus tesouros escondidos!”ou seja, qual a intenção do nosso coração para fazer qualquer coisa para Deus?



Ob. 3 – “A soberba do teu coração te enganou...”, e Deus deixa claro no verso 4 que diz: “ Se te remontares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derribarei, diz o Senhor.”


Muitas vezes fazemos coisas para agradar a Deus mas visando único e exclusivamente o nosso EGO, o nosso EU, para o nosso prazer. E no verso 4, Deus nos dá uma demonstração para os que tem esta intenção no coração.
Temos que pedir ao Espírito Santo para que nos revele a vontade de Deus e nos esclareça através da luz que penetra nosso tenebroso coração se estamos de acordo com a vontade de Deus ou nossa vontade.



Tomemos 2 exemplos: Em Atos 5, vemos Ananias e Safira, onde venderam uma propriedade e reteve parte do dinheiro não levando totalmente aos apóstolos. No verso 3, Pedro pergunta: Por que encheu Satanás teu coração para que mentisse ao Espírito Santo?



Verso 4, “Como, pois, assentaste no coração este desígnio?” Eles estavam tentando ao Espírito Santo e não a homens. Assim também é o nosso coração carnal, sempre queremos algo em troca com Deus, sempre queremos barganhar algo.


Na Igreja, nós nunca ganhamos (apenas Cristo) e sim perdemos porque há uma relação de troca. Em Atos 11. 22-24 – Na igreja de Antioquia, Barnabé desceu para ajudar estes irmãos espiritualmente e quando teve fome na Judéia, os irmãos de Antioquia mandavam socorro material aos irmãos da Judéia.


Outro exemplo foi Jonas, Deus o mandou pra Nínive mas ele fugiu de Deus para o mar e lá mesmo Deus o disciplinou em seu esconderijo.
O livro de Jonas nos revela as obras secretas do coração não só de um descrente mas de todos até mesmo dos crentes. Deus quebrantou seu coração e apesar da traumática experiência pelo que passou, ele quis tomar para si os créditos da mensagem. A sua preocupação maior era com a sua própria reputação de profeta, mais do que com o direito de Deus de demonstrar misericórdia àquela cidade. A prova do quebrantamento do coração de Jonas foi que ele escreveu sem tentar encobrir os próprios erros.


Isto nos ensina os cuidados que temos ter a tudo o que fizermos pelo Senhor. Jamais devemos buscar reconhecimento ou honra para nós e sim obedecer por amor a Deus em prol do destino eterno e benção espiritual dos outros.



























quinta-feira, 7 de julho de 2011

CONHECER A VONTADE DE DEUS

CONHECER A VONTADE DE DEUS




 

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu Mat 6:10

Qual o objetivo de Deus? O maior alvo? Qual o propósito dELE?
Deus não nos chamou apenas para nos livrar do inferno, o que já é uma tremenda maravilha. Isso nos leva a refletir : Como, no dia a dia, devemos proceder para que possamos conhecer e cumprir a vontade de Deus?
Como exemplo, menciono de forma hipotética os seguintes questionamentos:
Será que devo vender minha casa? ; Será que devo trocar de emprego? ; Estou envolvido em um sistema social que não é de Deus – devo abrir mão deste estilo de vida? Em que momento? O que devo fazer?

A Palavra menciona que os filhos maduros de Deus são guiados pelo Espírito Santo. Se caminharmos conforme a vontade de Deus, colhemos frutos bons, doces. Caso contrário colhemos frutos amargos – não porque Deus seja um carrasco, mas porque é o resultado de não andarmos no PROPÓSITO MAIOR.

Em Efésios 5, Paulo menciona que devemos procurar conhecer a vontade do Senhor.

Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios
usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus. Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. Ef 5:15-17


Andar como sábios porque os dias são maus = entender qual a vontade do Senhor e assim nos alegrarmos.
Em diversas ocasiões somos obstinados a realizarmos coisas conforme nossa própria vontade e procuramos justificativas na Palavra para; ou buscamos na opinião de alguém aprovação de algo que em nosso interior já sabemos de antemão (conforme apontado pelo Espírito) que não coincide com a vontade de Deus.
Quando começamos a compreender a vontade de Deus verificamos paz OU muitas vezes nos sentimos incomodados porque precisamos abrir mão de coisas que gostaríamos.

Vamos verificar Princípios para discernir se estamos diante da vontade de Deus:

1- ESCRITURAS; na Palavra, onde temos a INSTRUÇÃO. Salmo 119:105 “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra...”Se seguimos a Palavra, ela nos GUARDA.
“Habite em vós ricamente a Palavra de Cristo”Col 3:16
Logo, verificar se está nas escrituras é o primeiro procedimento.
Se a palavra aprovar, não significa que devemos fazer de imediato, pois Paulo diz que tudo me é lícito mas nem tudo me convém; isto é, o que está na Palavra pode ser correto para uns mas para outros pode não gerar bons resultados.

2- UNÇÃO INTERIOR; Convicção interior do Espírito Santo no meu coração.
IJo 2 – a unção que DELE recebestes nos ensina TODAS as coisas; isto é, já temos o ensinamento e devemos ouvir o que o Espírito Santo nos fala. Não devemos desprezar o que ouvimos.
“Há paz no meu coração?” – Seja a paz de Cristo o árbitro.
Se não sabemos o que fazer mesmo quando a Palavra aprova, melhor não fazer. NA DÚVIDA, PARE.

Porém, nem todas as coisas que vem do nosso coração são do Senhor. Logo, devemos verificar se

3- AS CIRCUNSTÂNCIAS são favoráveis.
Erramos quando todas as circunstâncias são favoráveis e já julgamos que é da vontade de Deus.
A circunstância deve ser verificada em terceiro lugar!!!

Se esses três princípios estão caminhando em direção igual, é provável que estamos certos.

4– CORPO DE CRISTO; o livro de Provérbios fala que na multidão de conselheiros há sabedoria. Logo, devemos buscar irmãos de confiança e indagar seus conselhos, pois neles há sabedoria. Devemos ter o coração preparado para dependermos e nos submetermos uns aos outros (Devemos sempre verificar quando isso é necessário).


Resumindo:

1 – Escrituras
2 – Unção interior
3 – Circunstâncias
4 – Corpo de Cristo

Então devemos ter a vontade de acertar. Obviamente muitas vezes erramos, perdemos tempo e bênçãos e depois Deus “conserta” por nós quando suplicamos, porque é PAI misericordioso.
AMÉM.


Fonte - http://achadosnolixo.blogspot.com

AQUIETANDO-SE DIANTE DO DEUS

AQUIETANDO-SE DIANTE DO DEUS



...fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo Salmo 131:2b


Em geral temos muita dificuldade de ficar quietos diante de Deus. Geralmente chegamos a Ele com nossas petições, jogamos todos nossos problemas, pedimos soluções, depois damos um amém e seguimos nossas vidas. Na prática não entendemos que oração é uma conversa, um momento de comunhão mais íntimo com nosso Pai. Desconsideramos o que Ele tem a nos falar quando jogamos tudo que temos e encerramos a oração. Perdemos uma chance de obter respostas, ganhar tranquilidade e principalmente mais do nosso Senhor Jesus Cristo. Perdemos uma oportunidade de ganharmos intimidade com o Deus que anseia por se revelar.


Quando colocamos essa quietude diante de Deus em prática ganhamos mais intimidade com o Senhor. É um fato que o diabo faz de tudo para atrapalhar a comunhão dos santos com seu Senhor, pois é na comunhão que se conhece alguém, que se ganha intimidade e se cresce numa relação. O Espírito Santo ilumina Paulo para nos mostrar isto como um dos objetivos finais de Deus para nós.


Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. I Cor 1:19


Quando o diabo consegue desestruturar a comunhão ele atinge diretamente a capacidade de crescimento do cristão, impedindo que a pessoa receba e dê tudo que poderia em Cristo Jesus.
Brennan Manning faz um relato interessante sobre este assunto.
Um jornalista perguntou a Madre Tereza de Calcutá o que ela falava em suas orações. Diz a história que ela respondeu:
- eu não falo nada
E o jornalista então perguntou:
- Tudo bem, mas o que Deus lhe diz?
-Deus não diz nada. Oração não tem nada haver com palavras.
Talvez pressentindo que havia restado dúvida, ela acrescentou:
- Se você não entende isso, eu não serei capaz de explicar


Brennan Manning completa
Como é que se pode explicar para outra pessoa o que é intimidade? Isso é algo que somente pode ser entendido por experiência própria.


Ele dá mais um exemplo esclarecedor:
Quando você pula numa piscina, leva tempo até que as ondas desapareçam e você possa ver seu reflexo na água outra vez. Se você tentar apressar o processo, vai criar mais ondas ainda. Aprenda a esperar. Aprenda a ficar em silêncio, um pouco mais de cada vez. Não se pode apressar estas coisas. Elas levam o tempo que precisam levar.


Fonte - http://achadosnolixo.blogspot.com