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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Entre nessa onda de oração!

Entre nessa onda de oração!



Participe do SHOCKWAVE - uma mobilização em que jovens do mundo inteiro se unem para fazer uma onda de oração pelos cristãos perseguidos. Acesse o site: www.underground.org.br!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Oração ao Deus do Amor

Oração ao Deus do Amor




Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido,
Ó Deus do Amor,
de quem provém todo o amor no céu e na terra;
Tu, que nada poupaste, mas tudo entregaste em amor;
Tu que és amor, de modo que o ama só é aquilo que é por permanecer em Ti!

Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido,
Tu, nosso Salvador e reconciliador,
que deste a Ti mesmo para libertar a todos!

Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido,
Espírito de Amor,
que nada reclamas nada do que é próprio Teu,
mas recordas aquele sacrifício do Amor,
recordas ao crente que deve amar como ele é amado,
e amar ao próximo como a si mesmo!

(Soren Kierkegaard. As obras do amor, p.16.)


sábado, 7 de janeiro de 2012

A Porta Fechada - A Sós com Deus

A Porta Fechada - A Sós com Deus


“Quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto.”(Mateus 6:6) 

Fomos criados para ter comunhão com Deus. Deus nos fez à Sua própria imagem e semelhança para que fôssemos ajustados à comunhão, fôssemos capazes de entendê-Lo e de apreciá-Lo, de entrar em Sua vontade e de nos deleitarmos em Sua glória. Porque Deus é onipresente e aquele que tudo penetra, Ele poderia viver no gozo de um inquebrável comunhão em meio a toda obra que tivesse para fazer. Dessa comunhão o pecado nos roubou.


Nada além dessa comunhão pode satisfazer tanto o nosso como o coração de Deus. Foi isto que Cristo veio restaurar: Ele veio devolver a Deus Suas criaturas perdidas e nos devolver a tudo para o que fomos criados. A comunicação com Deus é a consumação da bem-aventurança tanto na terra como no céu. Isso ocorre quando a promessa, tão freqüentemente dada, se torna uma experiência completa: “Estarei contigo, jamais te deixarei nem te abandonarei”, e quando podemos dizer: “O Pai está sempre comigo”.

Essa comunicação com Deus foi estabelecida para ser nossa o dia todo, quaisquer que sejam as circunstâncias que nos rodeiem. Porém gozar dela depende da realidade da comunicação em nosso aposento, a sós. O poder para manter uma comunhão íntima e satisfatória com Deus o dia todo dependerá totalmente da intensidade com a qual buscamos guardá-la na hora de nossa oração secreta. O essencial é a comunhão com Deus.


Este, nosso Senhor ensina, deve ser o segredo íntimo da oração secreta: fechar a porta e orar a nosso Pai, que está em secreto. A primeira e principal coisa é perceber que ali em secreto você tem a presença e a atenção do Pai. Saiba que Ele vê e ouve você. Mais importante que todos os seus pedidos, mesmo que urgentes, mais importante do que toda a sua sinceridade e esforço para orar corretamente é a certeza viva, como a tem uma criança, de que SEU PAI o vê, que agora você O encontrou e que com os olhos Dele em você e os seus Nele, você agora desfruta de uma verdadeira comunicação íntima com Ele.

Cristão, em seu aposento secreto você “corre o risco” de substituir oração e estudo bíblico pela viva comunhão com Deus, o vivo intercâmbio de dar a Ele seu amor, seu coração e sua vida, e receber Dele Seu amor, Sua vida e Seu Espírito. Suas necessidades e suas declarações, seu desejo de orar humilde e sinceramente com fé talvez o ocupem tanto que a luz do semblante de Deus e a alegria de Seu amor não podem entrar em você. Seu estudo bíblico pode ser tão interessante para você que mesmo a Palavra de Deus se torne um substituto para o próprio Deus, se torne o maior impedimento para a comunhão, porque mantém a alma ocupada em lugar de guiá-la a Deus. E saímos para nosso trabalho diário sem o poder de uma permanente comunhão, porque em nossos devocionais matutinos a bênção não foi adquirida.

Que diferença faria na vida de muitos se todas as coisas na vida fossem subordinadas a isto – quero ao longo do dia andar com Deus; meu horário da manhã é a hora em que meu Pai entra em um compromisso definitivo comigo e eu com Ele para que assim seja. Que poder seria concedido pela consciência de que Deus assumiu a responsabilidade por mim e que Ele está indo comigo; vou fazer Sua vontade o dia todo em Seu poder; estou pronto para tudo o que possa vir. Que nobreza haveria na vida se a oração secreta não fosse somente um pedir por uma nova sensação de conforto, luz ou poder, mas a entrega da vida somente por um dia no certo e seguro cuidado de um Deus poderoso e fiel. A separação dos outros, em solidão com Deus, é, com certeza, a única forma para viver em comunhão com outros no poder da bênção de Deus.

Autor: Andrew Murray 
Extraído da revista O Vencedor, fevereiro/2006, Editora Restauração

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

OS DOMICÍLIOS DIVINOS - GLENIO FONSECA PARANAGUÁ.

 OS DOMICÍLIOS DIVINOS
 GLENIO FONSECA PARANAGUÁ.


Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos. Isaías 57:15.

O menino indagou ao seu pai: – onde Deus mora? Esta é uma questão teológica muito complicada. Santo Agostinho disse com bom humor: Deus é um círculo infinito cujo centro está em toda parte e cuja circunferência não está em lugar nenhum. Deus é espírito infinito, e sendo um espírito não ocupa lugar no espaço.

W. N. Clarke afirmou também: se Deus não estiver em todos os lugares, ele não é Deus verdadeiro em lugar algum. Apesar de Deus não ocupar qualquer lugar no espaço, nem estar limitado ao tempo, ele, em sua transcendência, habita a eternidade, e em sua imanência, com os abatidos de coração ou quebrantados de espírito.

A primeira morada do Altíssimo é a eternidade. Nesta dimensão descomunal nós até podemos ser encontrados pelo ele, mas nunca podemos sondá-lo de fato. Assim, pode-se dizer que ele vive no Palácio
Absoluto da inescrutabilidade do entendimento, isto é, fora da nossa compreensão tridimensional. 

Ele é o eterno escondido de nossa mente. Foi nesta grandeza que o apóstolo Paulo declarou: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Romanos 11:33.
Deus conhece o caminho por onde nós andamos, mas nós nunca conheceremos as suas trilhas. 

A segunda morada do Alto e do Sublime é no casebre de um coração humilhado. Esta é a casa de veraneio da encarnação do Verbo. O transcendente se tornou imanente para poder encontrar-se com o sujeito arrogante que quer ser como Deus. Só um Deus humano e histórico pode mudar a história do homem no pecado. O Deus encolhido veio quebrantar a arrogância do ser humano que quer ser expandido até chegar à dimensão da Divindade. 

Esse projeto de humilhação da humanidade presunçosa visa à desconstrução da egolatria enlouquecida e a construção de uma morada permanente de Deus na pessoa humana, já que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, mas em humanos reconstruídos pelas suas mãos divinas que sangraram sobre a cruz do Calvário.
Primeiro Cristo se fez homem para alcançar humanamente os homens ensimesmados. Depois ele se fez servo para tocar nos soberbos que se presumem ser os senhores na história. 

E, finalmente, ele morreu para matar o nosso ego que não suporta viver fora do controle neste mundo. Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido. Salmos 34:18.

O transcendente se tornou imanente para se aproximar do iminente sujeito que deseja ser Sua Excelência, o eminente Senhor do universo. A teomania é o pecado dos pecados que carece de um quebrantamento radical. Antes do ser humano passar por uma substituição, ele precisa de um quebrantamento.

As boas novas são as notícias da redenção que requerem arrependimento. Para que haja contrição é preciso haver quebrantamento. Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Oséias 6:1.

O Senhor promove o fracasso do soberbo para que ele possa ser humilhado em sua auto-suficiência e, deste modo, em sua humilhação, venha a clamar pela misericórdia divina. Os quebrantados são os únicos ouvidos capazes de ouvir a mensagem de Cristo.

Sem o quebrantamento não haverá a vivificação do Alto, nem o avivamento espiritual. Foi preciso um quebra pau na esfera espiritual para erguer a cruz que é capaz de quebrar a auto-suficiência desta turma inquebrantável por si mesma.

O evangelho é o anúncio divino aos que foram quebrantados pela graça. O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; Isaías 61:1. 

A reconstrução demanda o quebrantamento, e este, o goro da soberba. Nada, além da cruz de Cristo, pode abortar a altivez do pecado.

A pregação das boas novas só tem sentido se o cara estiver vivendo em maus lençóis. O nadador só grita por socorro quando as forças já se esvaíram. Por isso a proclamação do evangelho atinge apenas aos quebrantados, isto é, aqueles que já fizeram de tudo e não obtiveram nenhum êxito em sua vida de confiança em Deus e que foram quebrantados pela graça de Deus em Cristo Jesus.

Antes de viver pela fé o ser humano vive pela sua autoconfiança. Tudo aquilo que é auto, isto é, próprio do sujeito pecaminoso, é contrário à obra do Alto e muito perigoso para o ego altivo. O rompimento da auto-estima, por exemplo, é a porta aberta para a estima do Alto.

O Altíssimo habita apenas a eternidade e os corações quebrantados e contritos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Salmos 51:17. Quem se auto-estima não estima ainda a estimativa do Alto. 

Quando Deus vem habitar no contrito e abatido de espírito é porque ele quebrantou as expectativas do ego e veio para vivificar com a vida do Alto, aquele que não pode mais confiar em si mesmo. 

O ser humano no pecado é habitado por um ego injusto, insatisfeito e insubordinado.

É um inquilino cruel para o usufruto de uma vida plena de significado. Sendo assim, a proposta do Alto é a substituição do ego indomável pelo Cristo manso e humilde de coração. 

A auto-estima é permutada pela estima do Alto. Não mais eu, mas Cristo é a proposta de Deus para a libertação dos oprimidos. Esta substituição de locatário acaba expulsando um déspota desgostoso e recebendo um nobre cavalheiro que vem habitar neste barraco humano com o caráter de Sua Alteza.

O grande milagre do evangelho é olhar para uma carcaça humana é ver o Espírito de Deus agindo com gentileza em seu ser. Olhamos e vemos que o corpo é de um ser humano, porém aquela atuação é divina, embora percebamos que não esteja em toda a sua perfeição, por causa do velho barraco de barro esturricado.

O Alto, o Sublime habitando a eternidade é inacessível para a nossa mente finita, mas o Alto habitando um ser que foi sempre autoritário, autônomo e autocentrado é um prodígio fora de série. Não existe coisa mais maravilhosa do que ver Cristo, o Deus Altíssimo, habitando e vivendo numa pessoa quebrantada pela graça plena.

A Trindade Santa habita a eternidade em sua grandeza infinita, conquanto habite também, por meio da humilhação de Cristo, num casebre de barro; esse, sim, é um lugar incomum para a habitação divina, mas foi esse lugar que Deus escolheu para ser a sua morada permanente. Respondeu Jesus:

Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. João 14:23. Além do Pai e do Filho terem vindo fazer morada em nossos corpos mortais, temos também o Espírito Santo fazendo destes corpos o seu santuário.

Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19. Isto me parece um grande absurdo dizer que o Deus absoluto habita em mim em sua plenitude. A minha lógica esbarra na finitude do meu ser limitadíssimo.

Mesmo assim, posso entender que um recipiente transbordante de água do oceano Atlântico, não contém todo o oceano, mas está cheio plenamente com a água do mar.

Todos aqueles que foram quebrantados por Deus para serem habitação dele aqui na terra não contém a absoluta dimensão da Divindade em seu ser, mas todos estão contentes por conter a plenitude Divina que lhe é possível receber. Como moradas de Deus somos pedras vivas e participantes do seu Templo Sagrado no mundo. Cada pedra viva formou o Edifício espiritual que é a Igreja. 

O mistério da redenção nos mostra que Deus nos quebranta para nos fazer suas moradas, para que, pela sua graça, nós possamos fazer dele a nossa eterna morada. Sem quebrantamento operado pelo próprio Deus nunca haverá avivamento espiritual. 

Sem avivamento não há vida espiritual genuína. Por isso mesmo, só o verdadeiramente quebrantado pode promover uma residência para próprio Deus na existência humana e uma autêntica demonstração da fé cristã.

O resumo de tudo isto se encontra nestas três preposições: de – apontado para a origem de tudo; por – falado do meio pelo qual tudo acontece e para – designando a finalidade de tudo. 

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! Romanos 11:36.

Extraido do site: www.palavradacruz.com.br

Ousadia no deserto

Ousadia no deserto


Em Lucas 3:22, o Espírito Santo desce sobre Jesus na forma visível de uma pomba, e ouve-se o Pai proclamando: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (grifo do autor). Ele não apenas proclamou para que todos soubessem que Jesus era seu Filho; Deus fez questão de anunciar que tinha prazer nele.

Mesmo assim, em Lucas 4:1, “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”. Só esse fato deveria lembrar-nos que a razão de sermos levados para o deserto não é porque fomos desaprovados ou porque estamos sendo punidos por Deus.

Jesus foi aprovado por Deus e levado ao deserto!
Deus não trouxe você para o deserto deixando-o sozinho e tornando-o alvo fácil para a ação de Satanás.

A segunda geração dos filhos de Israel que viveu no deserto recebeu de Deus a seguinte promessa: “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos…” (Dt 8:2 – grifo do autor).
Entenda bem: o Senhor não pára de agir em nossa vida só porque estamos no deserto. Ele nos conduz por ele, e sem ele nunca chegaríamos ao outro lado!

Além do mais, o deserto não é um lugar onde somos deixados, “como numa prateleira”, até que ele volte a nos usar. Não é assim que Deus age conosco.  Ao contrário, o deserto é um período de tempo no qual ele age em nós constantemente.

Você conhece a expressão “não se vê a floresta através das árvores”?

Da mesma forma se dá com o deserto: é difícil ver a mão de Deus agir em nós quando estamos nele.
O deserto não é lugar de derrota, pelo menos para aqueles que obedecem a Deus!

Jesus, fraco e faminto, sem ninguém a quem recorrer e sem ninguém que o encorajasse; sem nenhum conforto ou manifestação sobrenatural, durante quarenta dias, foi atacado pelo Diabo no deserto. Jesus derrotou o Diabo usando a Palavra de Deus

O deserto não é o lugar de onde os filhos de Deus saem derrotados; é lugar de vitória.

Como diz a Escritura: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo…” (2 Ço 2:14 – grifo do autor).
Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel era constantemente hostilizado pelas nações ao redor. A ordem era: lutem! OS israelitas derrotaram os amorreus (Nm 21:21-25), os midianitas (Nm 31:1-11) e o povo de Basã (Nm 21:33-35).

Se o propósito de Deus para com eles fosse a derrota, não ordenaria que defendessem sua posição.

No entanto, muitos não conseguiram entrar na terra prometida, morreram antes. Não era isso o que Deus pretendia; as mortes ocorreram por causa da desobediência do povo.

O deserto é um lugar de vitória, se apenas obedecermos e crermos em Deus!

Extraído do livro Vitória no Deserto – Johnn Bevere

O DEUS DOS CONTRITOS E DOS ABATIDOS

O DEUS DOS CONTRITOS E DOS ABATIDOS


“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita na eternidade, o qual tem o nome de Santo: habito no alto e santo lugar, mas habito  também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos”. Is 57:15
Israel foi levado ao exílio por volta do ano 722 a.C. pelo rei Assírio Senaqueribe. No cativeiro, os israelitas eram subjugados a trabalhos forçados e sofriam por terem se rebelado contra Deus. Longe de sua pátria, da cidade Santa; longe do Templo Sagrado; o pensamento que transitava em suas mentes era que Deus os havia abandonado.
Realmente, Deus tinha uma contenda, uma indignação contra seu povo. Por causa de seus muitos pecados, os havia ferido e ocultado o Seu rosto deles. Oprimidos, perseguidos, angustiados, sem paz, sem Deus, sem esperança. Essa era a situação espiritual de Israel, no exílio.
É nesse contexto histórico que Deus levanta o profeta Isaías, com uma palavra de exortação e esperança ao povo.
Duas atitudes distintas podiam ser observadas no povo, embora vivessem a mesma situação de sofrimento. Havia aqueles que mesmo sob o castigo imposto por seus pecados e do preço de dor que passavam, não clamavam por Deus e nem se arrependiam de seus pecados, demonstrando um caráter empedernido e rebelde. Mas havia aqueles que encontravam-se abatidos, tristes, perturbados pelo jugo do inimigo e clamavam, choravam arrependidos de seus pecados, buscando o socorro e a libertação de Deus .
Sabemos que o clamor move o coração de Deus.

Deus responde ao clamor de seu povo:
Fala de sua Realeza e Santidade. Vs. 15
- Ele habita no alto e sublime Trono, nos céus, longe da terra, longe do pecado e da maculação.
- Seu nome é Santo porque está separado de todo mal e não pode tolerar o pecado.
Fala de sua misericórdia.

- Ele habita no coração do contrito de espírito. Contrito é o arrependido; é aquele que sente pesar pelos pecados cometidos.

- Ele habita no coração do abatido de espírito. Abatido é o desanimado, o ferido, quebrantado física e moralmente, sem forças. “Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim…” Isaías 49:14,15

Deus tem prazer em habitar com aqueles que sofrem, porque Ele sabe o que é sofrimento: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer”. Isaías 53:3

“Foi para isso que Ele sofreu todas as cousas e em tudo se tornasse como seus irmãos para ser misericordioso e fiel Sumo-sacerdote nas cousas referentes a Deus e para fazer a propiciação pelos nossos pecados. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado é poderoso para socorrer os que são tentados”. Hebreus 2:17,18


A providência de Deus aos necessitados
Uma cura radical. (o médico da alma, o melhor de todos). Opera no espírito dos abatidos. O espírito é o sopro de Deus no homem e o veículo da comunicação com Deus. Opera no coração dos contritos. O coração é a sede dos sentimentos, das emoções, da vontade, dos desejos. É o que liga o homem com o homem.

Na relação do dia a dia, muitas marcas ficam, tanto positivas como negativas.
Quantas pessoas feridas na sua infância pelos pais que as machucaram quando deviam amá-las? Quantos filhos de pais separados, violentos, brigões, bêbados? Quantas mães negligentes, parciais para com seus filhos. Quantos traumas têm ficado nessa relação? Quantos jovens rejeitados, frustrados, marcados pelos vícios? Quantas esposas maltratadas, abandonadas, desvalorizadas pelos maridos?

Quantos maridos sofrem tendo que suportar esposas negligentes e iracundas? Quantos por terem cometido pecados, acham que não tem mais perdão para suas vidas?
Deus quer vivificar o espírito dos abatidos. Quer dar nova vida, novo fôlego, novo ânimo, novas forças e esperança.

Deus quer vivificar o coração dos contritos. Quer dar o perdão, nova oportunidade, restauração completa.
Deus tem visto o estado espiritual de seu povo. vs.18. Ele toma a iniciativa e promete uma plena libertação.
“Eu o sararei, o guiarei, tornarei a dar consolação, darei a paz”.
Deus quer fazer uma obra completa no espírito e no coração dos necessitados de perdão, de reconciliação e de restauração. Ele não tem prazer em ver seu povo sofrendo, angustiado, oprimido e triste. Deus quer fazer uma obra de restauração em toda tua vida. “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que sua iniqüidade está perdoada”.Isaías 40:1,2

Não esqueça que você só precisa clamar e o milagre acontecerá. O milagre da libertação, do refrigério, da serenidade e da presença de Deus.

Extraída do Livro Mensagem de Livramento do Pr Francisco Nascimento

SOBERANIA DE DEUS E A VONTADE DO HOMEM - Glênio Fonseca Paranaguá

SOBERANIA DE DEUS E A VONTADE DO HOMEM - Glênio Fonseca Paranaguá


“Então enviou a seus servos a chamar os convidados para as boda: mas eles não quiseram. Ide, pois para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas quantos encontrardes”. Mateus 22:3 e 9

Há duas posições básicas com relação ao problema da salvação do homem; ou Deus salva o homem, ou o homem se salva. Existe uma doutrina que sustenta a evolução do homem, dentro de um esquema de salvação, onde Deus é dispensável. O homem seria o agente e o paciente absoluto da salvação. Ainda no âmbito da auto-salvação, tem-se o pensamento atenuado da ajuda de Deus. Deus é um cooperador do homem na sua salvação. Esta posição admite a participação de Deus como auxiliar. “Que Deus te ajude”

Por outro lado, há uma corrente que sustenta que Deus, como o autor da salvação do homem, e que se apresenta com algumas ramificações. Há aqueles que defendem a ação totalitária de Deus. Isto significa que o homem não tem qualquer culpa na sua condenação. Nesta situação, não há resposta do homem. Por outro lado, na história da religião, aparece aqueles que crêem que Deus é o autor da salvação, mas o homem tem uma grande participação neste empreendimento, Entre estas duas colocações apresentadas de modo radical tem surgido um conflito. E o choque entre estas duas facções tem causado grandes males na história da igreja. Trata-se especialmente do radicalismo como o assunto é abordado. Tanto o calvinismo radical, designação da posição totalitária, como o arminianismo clássico tem produzido os maiores prejuízos no seio da igreja.

Na verdade Deus é o autor soberano da salvação do homem perdido, mas moralmente responsável. Subtrair a responsabilidade humana é coisificar a pessoalidade moral do ser humano. O homem não é um mero objeto. A sua morte no pecado é espiritual e não moral. Como ser pessoal ele é eticamente responsável. E não podemos demolir ou aviltar a decisão volitiva do ser moral que é o homem. TODA A MENSAGEM DO EVANGELHO ESTÁ BASEADA NO QUERER DECISIVO DO HOMEM. “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á e quem quiser perder a sua vida por causa de mim, acha-la-á”. Mateus 16-24e 25. “Jerusalém, Jerusalém” que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Mateus 23:37. “Dei-lhe tempo para que se arrependesse: ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Apocalipse 2:21. “O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça água da vida”. Apocalipse 22:17.

Mas, alguém pode refutar estes argumentos lançando textos como: “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus de sua misericórdia”. Romanos 9:15 e 16. Neste ponto nós precisamos verificar a vontade dentro de sua realidade essencial. O querer deve ser encarado sob dois ângulos: aquele que procede da natureza e aquele que deriva de uma decisão. O querer que vem do coração é um fruto e o que vem se origina de uma decisão é um evento. Determinado cidadão foi confrontado por um revolucionário intransigente e odiento, que tentando denegrí-lo a força, com ameaça de morte, a violentar a sua filha. Como ato de seu coração ele não queria morrer, mas como decisão moral ele aceita a morte. A vontade como um evento moral é da responsabilidade humana.

Para a nossa avaliação vejamos um diálogo registrado num jornal no dia 20 de dezembro de 1784, entre Carlos Simeão, um calvinista adequado,e, John Wesley, um arminiano de postura. Observemos neste diálogo a clareza da soberania divina diante da responsabilidade moral do homem.
Disse Carlos Simeão: “Senhor, entendo que que Senhor seja chamado de arminiano: e algumas vezes tenho sido chamado de calvinista; portanto suponho que devemos desembainhar as espadas. Porém, antes de consentir iniciar o combate, com sua permissão far-lhe-ei algumas perguntas... Diga-me, o Senhor, se sente uma criatura depravada, tão depravada que nunca teria teria pensado em voltar-se para Deus, se Deus não tivesse tornado o seu coração? – “Sim” replicou o veterano, “Sinto-o realmente”.
E desespera totalmente de tornar-se aceitável perante Deus por qualquer coisa que possa fazer; e espera na salvação exclusivamente através do sangue e da justiça de Cristo. – “Sim, unicamente por meio de Cristo”. – Mas, Senhor supondo-se que foi inicialmente salvo por Cristo, de um modo ou de outro, o Senhor, não acredita que agora tem de continuar salvo por suas próprias obras?
– “Não, mas terei de de ser salvo por Cristo do principio ao fim”. – “Admitindo, portanto, que foi inicialmente convertido pela graça de Deus, o Senhor, de um modo ou de outro não tem que manter-se salvo por seu próprio poder? – “Não”. – Nesse caso, então.
O Senhor tem que ser sustentado, cada hora e momento por Deus, tal como uma criança nos braços de sua mãe? – “Sim, inteiramente”. – E toda a sua esperança está firmada na graça e misericórdia de Deus, para ser preservado até o seu Reino celeste? – “Sim, não tenho esperanças senão nEle”. – Então, o Senhor, com a sua permissão embainharei novamente a minha espada; pois esse é todo o meu calvinismo: essa é a minha eleição, minha justificação pela fé, minha perserverança final: em suma, é tudo quanto mantenho, e é conforme o sustento; portanto, se lhe parece bem, em lugar de buscarmos termos e frases que serviriam de base de luta entre nós, unamos-nos cordialmente naquelas coisas sobre as quais concordamos”.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” Filipenses 2:5. “Completai a minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando-se cada um os outros superiores a si mesmo”. Filipenses 2:2 e 3

Glênio Fonseca Paranaguá


sábado, 5 de novembro de 2011

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS – PARTE 02

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS – PARTE 02





VIDA E SENHORIO

Não há realidade espiritual da igreja sem estas duas verdades experienciais, se Cristo não é a nossa vida, então onde está a igreja? Quem somos nós? O que estamos fazendo?
Agora precisamos de algo mais do que Cristo ser a nossa vida, Ele tem que ser a nossa vida praticamente que quer dizer Ele é o nosso Senhor (Quirios), de fato Ele exerce senhorio sobre a nossa vida.
Pedro em sua primeira pregação diz isto,... a este Jesus que vós crucificaste, Deus o fez Senhor (Quirios).

Então se Ele não é Senhor, não há realidade espiritual da Igreja e Isto fatalmente vai tocar as nossas vidas individualmente, familiar e corporativamente.
Quando Paulo e Barnabé foram separados para o ministério, isto não se deu através de um entendimento intelectual para que eles focem e pregassem o evangelho a outras Cidades, não mesmo.

O que nós vemos ali é que havia cinco irmãos que compunham aquele corpo profético e ministerial da igreja em Antioquia, Profetas e Mestres como está escrito em Atos 13, lá diz que eles estavam jejuando e orando e alguém falou alguma coisa, e este alguém foi o Espirito Santo, ...e disse o Espirito Santo separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que eu os tenho chamado...

O Senhor já estava preparando estes dois vasos (Saulo e Barnabé), preparando para que naquele momento eles fossem enviados.
Sabe quanto tempo durou este chamado? 11 anos para que o Espirito de Deus falassem com eles.

Paulo podia ter pensado já faz onze anos em que Deus falou comigo, eu tenho tanta clareza da vontade de Deus para a minha vida, por que esperar tanto tempo, o que eu estou fazendo parado a 11 anos?
Impressionante mais precisou 11anos para que o Senhor pudesse prepara-lo, sabe por quê? Porque Deus não tem empregados, Deus foi moldando,  falando, revelando até enviá-lo.

Quando Paulo escreve aos Galatas1.15,16 ele diz, ... Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue,...

Ele não podia sair para pregar antes dos 11 anos porque o Senhor Jesus ainda não tinha sido formado em seu interior, primeiro Cristo precisava ter sido revelado nele, não apenas a ele mais nele para que então ele pudesse pregar aos gentios.
O tempo de Deus é governo de Deus e esta linha do governo de Deus é evidente em todo o livro de Atos.

Nós não fomos chamados por Deus apenas para ter a vida de Deus mais para que esta vida seja disciplinada ou discipulada, porque vida que passa pelo discipulado é igual a Caráter de Deus e sem caráter não há ministério.
É vida sem jugo, vida sem... aprender de mim que sou manso e humilde de coração.
Vida + discipulado = caráter

Nós até podemos querer imitar o irmãos do novo testamento e traçarmos planos projetos e doutrinas baseadas na atitude destes irmãos, termos reuniões de quarta de quinta de domingo, todos os dias, mais se não houver relacionamento com a pessoa de Cristo não haverá nada, porque será vida sem altar pessoal, Ele é meu e eu sou Dele.

VIDA E GOVERNO

A igreja testemunhava de Cristo como testemunhava por causa deste relacionamento.
A primeira oração registrada na vida igreja
Atos 4.24-31
E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há; 25que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vãs? 26Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido. 27Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel, 28para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. 29Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra, 30enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. 31E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.
1)   
Unânimes – oração corporativa, os irmãos tinham um foco muito claro, quando eles oravam, não era um vertes pra cá, outro pra lá, não, eles eram unânimes, era uma só visão, um só foco, uma só alma, porque tudo girava em torno de uma pessoa Cristo.
2)    Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há (soberania) ... 29Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra (graça para pregar)... 30enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. (sinas para glória de Deus)
3)    31E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. (não necessariamente tinha que acontecer, mais foi como que uma resposta de contentamento com aqueles irmãos que estavam tão afinados com o propósito e direção de Deus)
Eles não estavam pedindo livramento, bênçãos, bens, mais eles pediam graça para serem usados para Deus, para que o testemunho da vida igreja fosse vívido.
A igreja é tipificada no novo testamento não pelo bezerro de ouro, mas pelo candeeiro de ouro.

Êxodo 32.4
...e ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. (feito em forma fundido, de ouro mais era imitação)
A cristandade, ou a instituição tem sido caracterizada por este bezerro de ouro, aparente mais falso por sua formação, foi formada de maneira falsa para idolatria.
E como que era feito o candeeiro? Ele não era fundido, feito em forma, não tinha nenhum molde, não era instantâneo, ele era um talento de ouro esculpido com martelo, talhando, isto tipifica a obra o agir do Espirito santo de Deus em nossas vidas, esculpindo talhando o caráter de Deus até Cristo ser formado em nós.
Nós somos feito de ouro sim, uma barra de ouro lisa quando nascemos de novo, significa pureza, santidade de Deus, ouro fala da vida de Deus além da glória de Deus.
Hoje nós somos o que? Uma barra de ouro ou um candeeiro de ouro.
Faz toda a diferença na vida da Igreja, porque o candeeiro pode ser colocado óleo (Unção Espirito Santo) e o fogo podem ser colocados nele (testemunho), enquanto que a barra não pode ser colocado o óleo e por conseguinte o fogo.
O que o livro de atos vai nos mostrar é como o Senhor talhou o testemunho dEle na vida da Igreja de forma que este candeeiro era tão nítido, era um testemunho tão claro em todas as Cidades.
A visão clara da presença de Deus da vida e do governo do Senhor Jesus na vida daqueles irmãos.
Diante deste quadro ficam-nos algumas perguntas:
ü Temos nós orado aos pés do senhor pedido graça para testemunhar?
ü Será que já possuo a vida do Senhor Jesus testemunhada?
ü O espirito do Senhor habita em mim?
ü Quando oramos nós dizemos “meu Pai” e o Espírito testifica que somos dEle?
ü Nós já temos discipulado?
ü A nossa confissão Senhor é apenas de boca?
ü 
Nós temos depositado aos seus pés todos os nossos caminhos?
ü Tudo o que nós somos, tudo o que nós temos tudo o que fazemos ou queremos fazer tem passado pelo Senhorio do Senhor?
Porque o resultado da igreja que se reúne assim é o testemunho da igreja de Atos. Quando a igreja que é a sua vida tem a realidade do seu Senhorio, todos são cheios do Espírito Santo.
Isto tem que ser a nossa realidade, quando andamos por esta cidade Cristo aparece, em tudo que fazemos, falamos etc.


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COMUNHÃO, DESCANSO, REVELAÇÃO

COMUNHÃO, DESCANSO, REVELAÇÃO




Mateus, capítulo 26: 31-40

Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. 

A palavra de DEUS nos mostra que Jesus enquanto estava na Terra constantemente priorizava a comunhão. Ele não gostava da solidão, nunca estava sozinho, todo momento o Senhor estava em comunhão com alguém, ou com o Pai ou com os Seus discípulos. É interessante que por vezes queremos ficar sozinhos, sem ninguém, nem irmãos, nem o Senhor, pensamos: “vou viajar sozinho, não quero ver ninguém”, vemos que isto é natural da pessoa e contrário a natureza de Cristo. Na passagem acima vemos Jesus chamando para mais perto seus discípulos.
Também observamos que o Senhor, devido à prévia ciência da intensa dor que viria a sofrer em sua crucificação, solicitou a três deles que fossem compartilhar junto a ELE o momento de angústia que estava sofrendo, porém os mesmos dormiram e Jesus questiona que nem uma hora houve tempo para vigiar/estar com Ele apesar de tudo que passaram juntos e todas as maravilhas que viram o Deus encarnado operar. 

Vemos claramente nesta passagem a incapacidade humana, apesar dos discípulos terem sido escolhidos por Deus, em si mesmos não conseguiam realizar nada. O exemplo deles não poderia ser mais claro, na hora que Jesus mais precisou eles dormiram. Coloque-se naquela situação, na hora que Jesus mais precisa você o abandona. Vemos aqui a suficiência do Cordeiro que sozinho completou todo o desígnio do Pai. Vemos também a impossibilidade de dar qualquer legalismo humano ao evangelho, pois o mesmo só reflete nosso fracasso em executar algo por força própria.

A condição não vem de nós, não é pelos nossos méritos, aqueles discípulos estavam dia e noite com Ele e falharam. A grandeza da revelação começa em entender que tudo depende dEle e da Sua obra redentora. O próprio Paulo, o grande apóstolo Paulo observa “miserável homem que eu sou...sou o pior dos pecadores...” Paulo entendeu sua incapacidade e que sem a dependência do Mestre o fracasso era certo. O Senhor sabia que sem Ele os discípulos não tinham condição nenhuma, nem ninguém têm. Jesus sabia que seus escolhidos se perderiam sem Ele. Assim que viu a situação, quando foi abandonado pelos seus orou ao Pai “Pai esse cálice não pode passar de mim, eles não tem condição nenhuma sozinhos” Se Jesus não fizesse o que estava predestinado a fazer estaríamos perdidos, se não morresse naquela cruz para poder habitar em nós, não haveria possibilidade de vitória sobre qualquer situação.

A condição de vitória está contida exclusivamente no sangue suficiente do Cordeiro sem pecado. Não parte da de estarmos bem, se fosse assim não passaria de uma mera religião. Geralmente pensamos que estamos prontos quando estamos fazendo tudo certinho e que isto se torna uma prerrogativa para nossa obra. Isto é legalismo, se depender de nós não passamos de meros religiosos, alguém que quer estar bem com seu ego “ah estou bem, faço tudo correto”. O jovem rico achou que a condição estava nele mesmo, ninguém o condenava, um simples convite do Senhor mostrou o fracasso da sua intenção.





Nem a oração que fazemos parte de nós mesmos, a verdadeira oração é algo que vem do Espírito, oriundo dEle e retorna pra Ele. Se a oração partir de nós mesmos só iremos pedir. Quando o Senhor transborda de nós é aí que vem as orações mais sinceras, verdadeiramente em Espírito e que realmente agrada a Deus e chega como incenso nos céus. È aí que podemos ouvir do Senhor “é isso que eu quero de você”(comunhão, verdadeira comunhão em um coração voltado pra Deus sem interesse).

Todos nós que já fomos crucificados com Cristo temos Espírito, se permitirmos que o Espírito avance Ele está pronto, mas a carne é fraca. Logo, temos muita dificuldade de andarmos nos caminhos que o SENHOR preparou para nós. A condição que nos faz andar neste caminho não parte da nossa insignificância, mas do amor de JESUS. 

Quando fazemos algo para o Senhor percebemos que a iniciativa partiu do Espírito Santo, não influenciamos de acordo com nossas falhas vontades e a glória vai toda pra Ele. Divergente de quando fazemos coisas por nossas próprias mãos, quando a glória é para nós e não tem validade alguma para o SENHOR. Obra vinda de nós não dá frutos e é pesada, a do SENHOR é dELE através de nós, o que não causa fardo e nem mesmo percebemos.

O espírito está pronto, e é como se tivéssemos na sala, mas com a luz apagada. Quando esta acende vemos tudo, mas na escuridão não podemos enxergar. Quando estamos iluminados pela luz do SENHOR iremos enxergar todo e desfrutar de bênçãos que nem temos capacidade para imaginarmos. É nos libertarmos de nós mesmos e começarmos a agir sem perceber, porque é o Senhor operando em nós por e para ELE. Assim nos livramos de ficar utilizando nossa legalismo tentar fazer algo e depois chegar diante de Deus dizendo “Senhor fiz muita coisa” e ouvir “de fato você fez mas eu não mandei você fazer nada, isso tudo não tem valor nenhum..."

Certa vez muito envolvido com meus afazeres de trabalho pedi ao Senhor para me mostrar como Ele estava me vendo. Ele me deu a graça de enxergar como eu estava totalmente envolvido com minha própria vida. Pude ouvir Ele dizer “você diz que me tem mas está preso consigo mesmo e Eu vim pra te libertar de você mesmo.” A maior prisão que o homem pode desfrutar é a própria vida, onde há legalidade de estar bem com o Senhor, de andar corretamente diante de DEUS, e não porque o Espírito nos atraiu. Para andarmos conforme a vontade dELE devemos crer na vida de CRISTO em nós, que nos fará descansar NO SENHOR. 

Não há como andarmos corretos na perspectiva divina. Quando Ele disse “aquele crer e for batizado será salvo, mas quem não crer já está condenado”. Que crer é este? É o crer da vida de Cristo dentro de nós, esta vida que não tem princípio nem meio nem fim. Com isto no coração podemos quebrar um monte de correntes, não vamos nos cansar, não vamos nos fatigar, não vamos nos esforçar para alcançar a vitória. Certa vez tive uma experiência com minha esposa, ela disse: “mas eu me esforço, faço tudo que você que quer...” Respondi: “mas é este exatamente o problema, você está se esforçando” Ela ficou sem entender e pediu para eu explicar, eu respondi “mas eu não posso te explicar, isto só Ele pode te mostrar”. E ela insistia que não entendia e pedia para eu explicar até que se esvaziou dela mesmo e pode receber a revelação, não fui eu que expliquei e sim o Senhor que revelou. Não adianta querer empurrar goela abaixo da pessoa. Por vezes por vivermos uma experiência maravilhosa em Cristo queremos que o próximo tenha e tentamos forçar a pessoa a entender aquilo, nos empolgamos e queremos a mesma coisa pra todas as pessoas e não é assim. Não adianta, pois não tem receita nem metodologia. Se fosse assim Jesus não precisava ter morrido na cruz, o Criador não é um comprimido que você usa para medicar a pessoa de qualquer jeito. Só o espírito pode conduzir alguém a revelação, devemos ter a paciência de deixar o Espírito fluir.

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