Ousadia no deserto
Em Lucas 3:22, o Espírito Santo desce sobre Jesus na forma visível de uma pomba, e ouve-se o Pai proclamando: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (grifo do autor). Ele não apenas proclamou para que todos soubessem que Jesus era seu Filho; Deus fez questão de anunciar que tinha prazer nele.
Mesmo assim, em Lucas 4:1, “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”. Só esse fato deveria lembrar-nos que a razão de sermos levados para o deserto não é porque fomos desaprovados ou porque estamos sendo punidos por Deus.
Jesus foi aprovado por Deus e levado ao deserto!
Deus não trouxe você para o deserto deixando-o sozinho e tornando-o alvo fácil para a ação de Satanás.
A segunda geração dos filhos de Israel que viveu no deserto recebeu de Deus a seguinte promessa: “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos…” (Dt 8:2 – grifo do autor).
Entenda bem: o Senhor não pára de agir em nossa vida só porque estamos no deserto. Ele nos conduz por ele, e sem ele nunca chegaríamos ao outro lado!
Além do mais, o deserto não é um lugar onde somos deixados, “como numa prateleira”, até que ele volte a nos usar. Não é assim que Deus age conosco. Ao contrário, o deserto é um período de tempo no qual ele age em nós constantemente.
Você conhece a expressão “não se vê a floresta através das árvores”?
Da mesma forma se dá com o deserto: é difícil ver a mão de Deus agir em nós quando estamos nele.
O deserto não é lugar de derrota, pelo menos para aqueles que obedecem a Deus!
Jesus, fraco e faminto, sem ninguém a quem recorrer e sem ninguém que o encorajasse; sem nenhum conforto ou manifestação sobrenatural, durante quarenta dias, foi atacado pelo Diabo no deserto. Jesus derrotou o Diabo usando a Palavra de Deus
O deserto não é o lugar de onde os filhos de Deus saem derrotados; é lugar de vitória.
Como diz a Escritura: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo…” (2 Ço 2:14 – grifo do autor).
Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel era constantemente hostilizado pelas nações ao redor. A ordem era: lutem! OS israelitas derrotaram os amorreus (Nm 21:21-25), os midianitas (Nm 31:1-11) e o povo de Basã (Nm 21:33-35).
Se o propósito de Deus para com eles fosse a derrota, não ordenaria que defendessem sua posição.
No entanto, muitos não conseguiram entrar na terra prometida, morreram antes. Não era isso o que Deus pretendia; as mortes ocorreram por causa da desobediência do povo.
O deserto é um lugar de vitória, se apenas obedecermos e crermos em Deus!
Extraído do livro Vitória no Deserto – Johnn Bevere
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