"Estou crucificado com Cristo" "Ich bin Mit Cruscificado Christus" "Yo estoy crucificado con Cristo" "Ik ben gekruisigd met Christus" "Я являюсь распят со Христом" キリストと共に十字架につけられています。Je suis crucifié avec le Christ 我是與基督釘在十字架上 אני ונצלב עם המשיח
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A AGUIAZINHA PERTUBADA
A Aguiazinha Perturbada
W. Y. Fullerton
Dt 32.11,12 -- Mq 2.10 -- Gn 14.8 -- Sl 4.19 -- Êx 19.4
A águia não é apenas notável pelo seu vôo fácil, mas pelo cuidado com os
seus pequeninos. É trabalhoso cobrir o seu ninho com folhagem e ramos, com um revestimento de penugens, de tal forma a torná-lo macio para as águias jovens que ali serão alojadas e alimentadas. Mas, após um momento ela se comporta de maneira estranha e, para as aguiazinhas, inexplicável. Ela rasga a parte de baixo do seu ninho e permite que os espinhos espetem os jovens
pássaros até que eles sejam forçados a se atirarem para fora do ninho todos juntos. A isso Moisés se refere em sua canção do cisne, quando diz: “Como a águia desperta o seu ninho, se move sobre os seus filhos, estende as suas asas, assim só o Senhor o guiou, e não havia com ele deus estranho”.
1 DEUS, como a águia, perturba o nosso ninho.
Isto é infinitamente verdade; nunca mais verdadeiro do que hoje. O nosso fácil lugar de descanso, ao qual nos tornamos acostumados, tem o impulso do espinho nele, e o nosso conforto na condição antiga é estragado. As nossas circunstâncias, que se haviam tornado como uma segunda natureza para nós, são transtornadas, os caminhos harmoniosos e prazerosos que nos circundam são rudemente invadidos. As nossas amizades falham, quem mais queremos nos magoa, ou nos deixa, ou nos engana. O que pensamos ser nosso credo de fé se torna, talvez, sem significado. E finalmente, quando pensamos que havemos aprendido como viver, uma mudança maior que qualquer variedade de circunstâncias e amizade e credos vem sobre nós e o chamado vem: “Levantai vos,
e parti, pois este não é o vosso descanso”.
É Deus, e nenhum outro, que assim perturba o ninho. Ele, que fez o ninho, não deseja que pensemos que estava errado apreciá-lo: ontem ele era o lugar para nós, mas hoje há um novo plano. Isto não implica em nenhuma mudança nEle, pois Ele nunca pretendeu que ficássemos para sempre lá. Ele destrói o ninho, embora ele saiba que ele nos é querido, e talvez porque Ele saiba que ele nos
é querido, pois Ele nos ama o bastante para estragar o nosso mesquinho contentamento. Ele não está com ciúmes de nossa alegria, contudo Ele não retira a Sua mão. Não pensemos, portanto, em segundas causas. É Ele quem nos faz. Não vamos culpar o espinho que nos fere, e se há duas águias jovens no ninho, seria muito tolo se elas se culpassem uma à outra. É a águia que o fez, a águia que fez o ninho, e o forrou, que agora o faz em pedaços. Como José disse aos seus irmãos que o mandaram para o Egito:
“Portanto, agora não foram vocês que me mandaram para cá, mas Deus”. Se há algum erro, é Deus quem o tem feito, mas desde que Deus não pode errar, “tudo o que parece mais errado é certo, se esta é a Sua doce vontade”.
A destruição do ninho certamente parecerá estranha para nós. Vamos nos lembrar da disparidade entre a águia e as águias jovens – as águias jovens, que desde que quebraram a casca do ovo não conheceram nada, exceto o ninho, e a águia que voou alto, ao céu, e andou errante sobre o mundo. Esta diferença é pequena se comparo Deus comigo. Portanto, embora a destruição do ninho possa parecer travessura, e quase que certamente virá numa hora
quando eu não a espero; embora a coisa aconteça sem que eu ao menos a conheça de antemão, deixe-me guardar o meu coração, e lembrar-me de minha ignorância, e não ficar esquecido do cuidado de Deus, antes que eu fale inadvertidamente com os meus lábios, e perca o significado da ruína das minhas esperanças.
2 O nosso Senhor danifica o ninho por causa do propósito que O levou a construí-lo.
Estamos aptos a pensar que o próprio ninho era este propósito,
enquanto ele é somente um estágio no progresso da alma. Pensamos que podemos viver e morrer nestas circunstâncias alegres, que podemos caminhar com o nosso Jônatas para sempre; mas Deus não o permitirá, Ele tem algo melhor para nós. A prova disso é que o presente é tão bom. Se traçarmos a nossa alegria presente até a Sua mão, não precisamos temer nada que Ele fizer no futuro. Ele não vai estragar nosso ninho e nos deixar sem ele, se o ninho é o melhor para nós. Ele não nos tirará do nosso presente conforto e não permitirá que sejamos atirados nas pedras mais abaixo. Ele não é caprichoso.
Ele tinha algo em vista o tempo todo, e, exceto por nossa visão curta, nós deveríamos saber disso. A Sua crueldade aparente é amor. A inquietação de nossa condição é amor tanto quanto o incansável serviço que a precede.
Portanto, vamos estar sempre despreocupados com as coisas do tempo.
O Seu propósito é que sejamos como Ele mesmo. A aguiazinha é da mesma natureza que a águia, e cada alma nascida de Deus participa da natureza divina. É para aperfeiçoar os desejos já despertados dentro de nós que o ninho é perturbado. A aguiazinha diz: “Ensina-me a voar.” E os santos freqüentemente se sentam preguiçosos, desejando ser como o Seu Senhor.
Nenhum deles é plausível em reconhecer que, quando o seu ninho é virado de pernas para o ar, a sua oração é respondida.
Para ganharmos, precisamos perder. O próprio Deus não pode nos trazer para onde Ele deseja que estejamos e permitir que fiquemos onde estamos. A nossa fraqueza nunca se aventuraria no vazio, a menos que sejamos compelidos.
Quem voaria alto, exceto por suas tristezas?
3 Portanto há algumas reflexões confortantes.
Se o ninho se vai, o Construtor do ninho está à mão. Abençoado o espinho que me guia para o Seu seio! “Porque eles não mudam, assim eles não temem a Deus”, disse um que conheceu a bênção de ser perturbado.
A águia atrai a aguiazinha e a cerca de segurança. Ela voa sobre os seus pequenos, não porque esteja com medo, mas para mostrar às aguiazinhas o que é para ser feito. A águia não se agita em seu próprio vôo, mas para encorajar as aguiazinhas, ela simpatiza com suas fraquezas. Se as aguiazinhas ainda temem, o pássaro-mãe estende as suas asas, põe em suas costas um dos pequenos, levanta-o para foram do ninho e, então, para usarmos uma frase moderna, ela se esquiva para o lado, deixando a aguiazinha no ar, batendo as asas – e, oh! milagre, voando. Todo o tempo a águia permanece mais abaixo, pronta para socorrê-la , caso ela falhe ou caia.
Este é a experiência de cada filho da fé. “Eu vos suportei em asas de águia, e vos trouxe a mim mesmo.”
Quando aprendemos a voar alto, cantamos louvores a Ele. Rimos dos nossos temores anteriores. Tenho certeza de que a aguiazinha gostaria de cantar se ela pudesse. Eu posso quase imaginar que a águia e a aguiazinha riem quando voltam do seu primeiro vôo. Certamente o santo tem sua boca cheia de risos e a sua língua cheia de cantos, quando descobre que o estrago de seus antigos
sonhos significa gozo com o qual ele nunca sonhou.
Portanto não questione a sabedoria ou o amor dEle, que é o nosso Supremo Bem. Olhe além das folhagens e dos ramos do ninho debaixo de você. Levante os seus olhos. Use as suas asas. Você as têm em si para voar alto. Ele chama você. Levante-se. Você é fraco, mas Ele é forte, Ele está perto. As suas asas podem falhar, mas as asas dEle estão lá, para guardá-lo seguro. Ele voa sobre você, com seu coração ansiando por seu aperfeiçoamento e desejando a sua
companhia nas alturas e nos céus. Levante-se, portanto, e vamos em frente!
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