Tamanha semelhança entre homens e porcos!
Rowland Hill (Professor e reformador social inglês, 1795-1879) ilustrou a insensatez dos
pecadores, por meio da história do açougueiro que era seguido pelos porcos até o
matadouro. Uma vez que não é comum os porcos se dirigirem para onde o porqueiro
deseja, parecia um mistério o fato de que esses animais estivessem tão ansiosos para
seguir o seu executor. Mas quando se viu que ele, espertamente, carregava um saco de
milho, com o qual induzia as criaturas a segui-lo, resolveu-se de uma vez a charada. Sem
suspeitar da morte iminente, os porcos se preocupavam unicamente com a momentânea
gratificação dos seus apetites, apressando-se para a matança.
Dessa mesma forma, os descrentes seguem o grande inimigo das almas até as
mandíbulas do inferno, unicamente porque as suas paixões depravadas são saciadas com
os desejos da carne e os prazeres do pecado que o diabo lhes dá com abundância
durante o caminho. Que lástima, haver tamanha semelhança entre homens e porcos!
As alegrias do pecado são tão breves e tão inadequadas que não se pode pensar nelas,
nem por um momento, como uma instigação adequada para um ser racional perder a
própria alma imortal. Será que umas poucas horas de loucura, de jogo, de bebedeira, ou
de imoralidade — compensam o fogo eterno? Será que ceder momentaneamente a um
desejo baixo compensa...
— agüentar as chamas que não vão nunca se extinguir,
— gemer eternamente, em vão, por uma gota d’água,
— ser atormentado pelo verme que nunca morre,
— ser para sempre impedido de entrar no céu,
— ser eternamente amaldiçoado por Deus!
Será que algum pecado vale tudo isso? Haverá alguma vantagem que compense tudo
isso?
Ah, você que se delicia nos doces venenos do pecado — lembre-se de que, embora
agradável na boca por um momento, o pecado será desagradável e amargo no seu
estômago para sempre! Por que você morderia a isca, sabendo que ali está o anzol? Por
que você quer ser seduzido pelo passarinheiro satânico? É em vão que se estende a rede
à vista de qualquer ave; mas você é mais insensato do que as aves, e voa para a
armadilha, mesmo sabendo que ela está ali! Oh, quem dera você fosse sábio, e
considerasse o final da sua vida. Que a palavra ETERNIDADE ressoe em seus
ouvidos, e expulse os fúteis risos mundanos, que oferecem as alegrias sensuais do agora.
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