Pr. Henrique Rossi, 1a I.P.I. de Maringá,
Já decidi: Não quero um deus que funcione segundo as minhas expectativas. Não quero um deus que funcione de acordo com minhas orações.
Não quero um deus que funcione de acordo com a minha noção de justiça. Não quero um deus que funcione a partir das minhas chantagens religiosas e minha birra espiritual.
Não quero um deus que funcione na solução dos meus problemas, para me arranjar um emprego, para curar meu filho, para me ajudar a realizar meus sonhos. Não quero um deus que funcione à base da manivela da minha prática religiosa e de minha limitada piedade.
Não quero um deus que funcione para aliviar minha mente estressada e meu coração carregado dos cuidados deste mundo. Não quero um deus que seja à minha imagem e semelhança.
Rejeito este relacionamento utilitário com Deus. De olhar para Ele como uma máquina de abençoar pessoas. Como essas máquinas de refrigerante que a gente encontra nas lojas de conveniência.
Uma máquina que, para funcionar, precisa das moedas da oração, da leitura da Bíblia, do jejum, da participação regular nas atividades da igreja, do exercício constante e rígido para manter a santidade e não pecar, e assim por diante. Não quero um deus conveniente.
Rejeito esse evangelho que diz que Deus irá me abençoar apenas quando eu fizer determinadas coisas corretamente, que irá amar-me mais se eu tiver determinadas atitudes, que irá escolher-me para coisas importantes se meu coração estiver perfeito em sua presença.
Não quero um deus que funcione a partir de mim mesmo. Esse não é o deus verdadeiro, e sim o resultado frágil do meu próprio egoísmo, que lá no fundo busca um deus que lhe sirva para todos os fins.
Não, não quero um deus para funcionar. Hoje eu quero um Deus para me relacionar, para conhecer na intimidade, para reconhecer Sua soberania e submeter-me aos Seus propósitos.
Quero um Deus para adorar, para amar, para me entregar, ainda que minha vida as coisas não funcionem como eu gostaria.
Quero um Deus para crer e manter-me fiel, ainda que isso implique em permanecer enfermo, desempregado, ou viver outras circunstâncias contrárias.
Não estou procurando funcionalidade, mas relacionamento. Talvez o mesmo relacionamento do filho pródigo com seu pai (Lucas 15).
Um relacionamento baseado na graça e no amor do Pai, o qual, em todo tempo, manteve aberta a porta do abraço e do beijo.
Quero ter com Deus o relacionamento de Arão, cujo privilégio foi ouvir do próprio Deus: “Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terá,:
EU SOU a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.”(Números 18:20). Já decidi: esse será o grande alvo da minha vida! Deus nos abençoe.
Edificação
Wagner pr.
Deus é a nossa porção!
"Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás; eu sou a tua porção e a tua herança entre os filhos de Israel." (Números 18: 20)
O texto acima fala sobre a tribo de Levi, os levitas, que foram excluídos da divisão feita pelo Senhor Deus quando esses assumiram o controle da terra que havia sido prometida por Deus a Abraão, a Isaque, a Israel (Jacó) e a Moisés para que o seu povo tivesse uma residência fixa, mas, porque será que a tribo de Levi foi excluída?
A exclusão foi feita pelo fato de Deus ter escolhido essa tribo para cuidar das coisas de Deus aqui na terra, ou seja, os descendentes de Levi, filho de Israel (Jacó) seriam os responsáveis pelo que hoje chamamos de igreja, eram eles que entoavam cânticos de adoração, eram eles que sacrificavam ofertas para a remissão do pecado do povo, eram eles que tinham um contato mais próximo de Deus, etc.
E por isso não poderiam ter mais nada além da certeza que Deus supriria todas as suas necessidades, em I Timóteo 6: 9 e 10 está escrito:
"Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." Os sacerdotes não podiam cair no erro, eles eram os que sacrificam a Deus para redimir o erro do povo.
Deus então declara: "...eu sou a tua porção e a tua herança entre os filhos de Israel."
Que coisa maravilhosa aconteceu aos descendentes de Arão, irmão de Moisés, eles foram chamados para dependerem exclusivamente de Deus e mais nada, não tinham terra, não tinham bens, não tinham dinheiro, não tinham nada material, mas tinham O principal, tinham O melhor, eles tinham a promessa de Deus de que seriam cuidados pela vontade do Pai.
Aplicação
- 1. Temos que saber quem Ele é – (Soberano, Fiel, Justo...)
- 2. Reconhecermos de fato o que vem das suas mãos (a verdadeira porção) – Seja qual for essa porção
- 3. Dependência é aceitar o que Deus nos dá com Gratidão
- 4. Sempre lembrarmos que estamos debaixo da promessa
(A de que Ele cuidará de nós)
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